Porque investir no Tesouro Prefixado?
Tesouro Prefixado é um famoso investimento disponível no Tesouro Direto. Antigamente, ele era chamado de LTN – Letra do Tesouro Nacional – na versão principal. Já a modalidade de pagamento com juros semestrais, ele era chamado de NTNF – Notas do Tesouro Nacional série F.
Ambos com formas de pagamento, vigência e taxas de rentabilidade distintas, mas seguindo o mesmo padrão de investimento.
Mas saibam todos que ele não é um investimento para qualquer momento. É muito importante saber a ocasião exata de comprar esse título e o prazo de vigência que está escolhendo.
Assim como um Título Privado Prefixado, o Tesouro Prefixado utiliza uma taxa de remuneração prefixada para uma vigência prefixada.
Isso é óbvio. O próprio nome já deixa isso a entender. Ok, vamos aprofundar mais a situação então. Diferente de investimentos Pós Fixados, que utilizam algum índice ou taxa referencial como benchmark, o Tesouro Prefixado utiliza uma taxa fixa e imutável.
A função dessa característica tão importante é garantir a rentabilidade acima das taxas usadas nos investimentos pós-fixados. Porém, as taxas pós-fixadas estão em constante mudança.
Taxas como Selic, CDI ou IPCA, por exemplo, sobem e descem ano após ano. A questão então é “como saber se está na hora de pré-fixar ou não?”. Agora ficará mais fácil de entender.
O que é Tesouro Prefixado – LTN?
Anteriormente chamado de LTN (Letra do Tesouro Nacional), o Tesouro Prefixado é um título prefixado (como o próprio nome já deixa claro), o que significa que possui rentabilidade definida no momento da compra.
Esse título possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o investidor faz a aplicação e recebe o valor de face (valor investido somado à rentabilidade), na data de vencimento do título.
Por se tratar de título prefixado, o investidor sabe exatamente o retorno do título se carregá-lo até a data de vencimento.
Em outras palavras, se permanecer com o título até o momento do resgate, sem vendê-lo antecipadamente.
Como funciona LTN – Tesouro Prefixado?
Ao aplicar no Tesouro Direto, você estará emprestando dinheiro para o Tesouro Nacional controlar a economia e financiar investimentos em projetos do Governo Federal.
O funcionamento é muito simples e pode ser comparado a quando você pede pega dinheiro emprestado dos bancos. Você pegará o dinheiro deles ao custo de uma taxa mensal.
Nesse caso, você que emitiu um título de dívida e precisará pagar o capital e os juros de volta. Como você não possui a solidez de uma grande instituição, os juros cobrados são bem maiores devidos aos riscos.
Como o risco de calote do Governo é o menor entre todas as instituições, ele possui uma taxa de juros menor.
Essa é uma lei do mercado financeiro. Quanto maior o risco envolvido, maior deve ser o retorno. E quanto menor o risco, menor será o lucro. Então, não acredite em ninguém que ofereça algo muito rentável dizendo que é 100% seguro.
Vantagens da LTN
As Letras do Tesouro Nacional (LTN) são ótimos investimentos a médio prazo. Veja algumas vantagens de investir nesse tipo de papel:
- O investidor sabe a rentabilidade exata que deve ser recebida na data de vencimento
- O investidor pode calcular e contar com um valor bruto exato, em reais, a ser recebido na data de vencimento
- O fluxo de investimento é simples: uma aplicação e um resgate
- Maior disponibilidade de vencimentos para a negociação no Tesouro Direto
- Ótimo quando a taxa Selic e o IPCA estão com tendência de baixa (economia estável)
- Extremamente seguro (o emissor é o Tesouro Nacional)
São muitas vantagens que devem ser consideradas, mas tome cuidado com as desvantagens. Elas dependem do seu ponto de vista. Veja a seguir:
Desvantagens da LTN
Como toda aplicação, alguns fatores podem ser considerados como desvantagens:
- Comprar o título quando a Selic e o IPCA estão em alta
- Não poder resgatar antes do período sem perda de rentabilidade
- O retorno é fixo até a data do vencimento
- Em caso de liquidação antecipada, pode haver prejuízo (ou lucro dependendo do caso)
Como dito, todos esses fatores são desvantagens apenas se você não sabe o que está fazendo.
Me ofereceram LTN Roxa Repactudas, é uma boa?
Esta fraude é tão antiga que o próprio Tesouro Nacional criou uma seção em seu site para esclarecer as fraudes envolvendo títulos públicos, incluindo a elaboração de uma cartilha no formato pdf.
Acesse:
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/fraudes-com-titulos-publicos-e-tdas
Segue um trecho:
NUNCA existiram LTN “roxas”, “verdes” “azuis”, “diamante” ou com qualquer outro atributo de cor e os mencionados títulos nunca foram repactuados, reestruturados, revalidados, CETIPADOS ou SELICADOS.
TODAS as LTN em papel, com as características acima SÃO FALSAS, mesmo quando acompanhadas de correspondências supostamente assinadas por servidores da Secretaria do Tesouro Nacional.
Reiteramos que NÃO existe a possibilidade de escrituração, listagem, troca, resgate, custódia, pagamento de tributos ou qualquer outro tipo de operação junto ao setor público envolvendo tais títulos.
O Tesouro Nacional não se responsabiliza por qualquer transação que envolva as LTN em questão, recomendando às pessoas que se sentirem lesadas procurar as autoridades policiais para providências cabíveis.
Link para cartilha:
E lembre-se as fraudes só são possíveis pelo encontro de duas forças, a ganancia e a má fé!
O que é Tesouro Prefixado com Juros Semestrais – NTN-F?
Anteriormente chamado de NTN-F (Nota do Tesouro Nacional – Série F), o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais é um título prefixado, assim como o Tesouro Prefixado.
Em outras palavras, o investidor sabe exatamente o retorno do título se carregá-lo até a data de vencimento.
Ou seja, caso você compre este título e não o venda até o vencimento, sua rentabilidade será exatamente a taxa contratada no momento da compra.
Entretanto, no caso do Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, o investidor recebe um fluxo de cupons semestrais de juros, o que pode possibilitar aumento de liquidez e reinvestimentos.
Como funciona a NTN-F – Tesouro Prefixado com Juros Semestrais?
Investir na NTN-F ou o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais, não é muito diferente de investir na LTN, a única diferença principal é que você vai ter o pagamento de juros semestralmente e não somente no vencimento.
Vantagens de investir em um título Tesouro Prefixado com Juros Semestrais NTN-F
Quando devemos Prefixar nosso investimento?
Lembra que as taxas do pós-fixados sobem e descem, correto? Então vamos colocar a nossa lei de mercado financeiro para funcionar.
Quando as taxas pós-fixadas estão crescendo e aumentando mês após mês, não é interessante de se investir em um ativo prefixado. Afinal, se no mês seguinte as taxas continuarem a subir e seu investimento ficar ali parado em uma taxa inferior, você estará deixando de ganhar.
Mas quando a situação é contrária, isso pode ser muito vantajoso. Então quando as taxas de juros e índices usados em investimentos pós-fixados estiverem em queda, é a hora exata de prefixar seu título.
Qual o rendimento do Tesouro Prefixado?
A rentabilidade do Tesouro Prefixado é definida antes da compra. Assim, é possível calcular exatamente o valor que você terá disponível no vencimento. O papel tem volatilidade e se valoriza ou desvaloriza de acordo com as tendências econômicas.
Há títulos com esse tipo de rentabilidade que oferecem a remuneração semestral, que pode servir, de forma positiva, como um fluxo de capital periódico. O problema é que cada pagamento desses acarreta cobrança de Imposto de Renda, o que prejudica o rendimento final do investimento.
Taxas e Impostos cobrados no Tesouro Prefixado
Existem basicamente 4 gastos que são relacionados ao Tesouro Prefixado, mas nem todos são obrigatoriamente cobrados. Olha só:
- IOF: o Imposto sobre Operações Financeiras é uma contribuição obrigatória, mas somente no caso de resgate do investimento nos primeiros 29 dias. A parir do início do segundo mês, qualquer resgate será isento desse imposto.
- IR: o famoso Imposto de Renda é tributado a qualquer momento que for feito o resgate do seu investimento. Sua tributação é feita apenas sobre o valor rentabilizado, não no montante incluindo o valor da aplicação. Ele segue a tabela regressiva de tributação, sendo até 180 dias (6 meses) uma Alíquota de 22,5%; de 181 a 360 dias (6 meses a 1 ano) uma Alíquota de 20%; de 361 a 720 dias (1 ano a 2 anos) uma Alíquota de 17,5%; e acima de 720 dias (mais de 2 anos) uma Alíquota de no máximo 15%.
- Taxa de Custódia: essa taxa é cobrada obrigatoriamente pela CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia – que é um departamento da B3, sendo a custodiante de todos os títulos públicos do Brasil. Essa taxa é destinada para a guarda dos títulos; a manutenção do sistema do Tesouro Direto; e o envio de extratos mensais aos investidores.
- Taxa de Administração: essa taxa pode ser cobrada pelas instituições financeiras e corretoras responsáveis pela transferência de valores e títulos, agindo como intermediário entre a plataforma do Tesouro Direto e o investidor. Além disso, é a responsabilidade dessas instituições o recolhimento do Imposto de Renda e a verificação da veracidade das informações cadastradas pelo investidor. Várias instituições não cobram mais essa taxa, porém algumas outras ainda cobram entre 0,1 e 2% ao ano (sendo muito desvantajoso dessa maneira).
Agora que você já conheceu tudo sobre o Tesouro Prefixado, veja outros artigos que você pode gostar:
Tesouro Direto – O que é e Como Investir com Segurança (Guia Definitivo)
Tesouro Selic – O que é e Como Funciona a LFT?
Tesouro IPCA ou NTN-B: Aprenda a Investir nesse Título do Tesouro Direto
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