A diversificação de investimentos bem feita é a melhor amiga dos investidores que querem mitigar riscos e garantir uma boa rentabilidade no médio e longo prazo.
Ela é muito importante na construção de patrimônio e deve ser elaborada de acordo com os objetivos do investidor.
A diversificação de investimentos consiste em tornar uma carteira de investimentos mais rentável, otimizando sua performance enquanto minimiza a chance de cenários negativos.
Você já deve ter ouvido o ditado popular “nunca coloque todos os ovos na mesma cesta”.
Ele resume bem o conceito de uma carteira diversificada. Significa evitar que toda a sua rentabilidade esteja exposta ao mesmo tipo de risco de um segmento, mercado, indexador.
Pode ser que um dos investimentos não vá tão bem quanto o esperado. No entanto, como ele é apenas uma fração da sua carteira de investimentos, a sua rentabilidade total não é impactada da mesma forma caso tudo estivesse alocado nesse ativo.
A diversificação de investimentos também garante a busca por novas oportunidades.
Afinal, por que estar em único ambiente quando é possível garantir presença em vários mercados para garantir uma rentabilidade melhor e mais segura?
Na prática, a diversificação de investimentos é formar uma carteira de ativos com uma estratégia ancorada em diferentes indexadores.
Eles devem responder de formas distintas às intempéries do mercado.
As estratégias de diversificação de investimentos representam o equilíbrio entre diferentes ativos. Eles podem ser atrelados à inflação, CDI, Ibovespa, dólar, Tesouro prefixado e Fundos Multimercado.
O balanceamento correto entre esses investimentos é a questão a ser respondida por você na hora de investir.
Neste texto, você encontrará muitas dicas sobre como fazer investimento, o que é diverficiação de investimentos e como ter a carteira de investimentos ideal.
Se tiver qualquer dúvida, basta depositá-la no final do texto.
Boa leitura!
Porque é Tão Importante Fazer a Diversificação dos Investimentos
Para entender o que é a diversificação de investimentos, é preciso ter em mebte que o mercado e o cenário macroeconômico são muito voláteis.
Mesmo analisados a longo prazo, é complicado prever com 100% de certeza que um investimento será o mais rentável disponível.
Por isso, é arriscado alocar todo o seu capital em ativos da mesma classe. Até o mais competente dos analistas não arrisca uma aposta total de recursos em único investimento.
Assim, é vital que a diversificação de investimentos seja realizada de forma balanceada de acordo com o seu perfil de investidor, garantindo uma rentabilidade acima do mercado ao custo de um risco controlado.
Tenha em mente que existem muitas opções de investimento. E cada uma delas reage de formas diferentes aos movimentos políticos, econômicos e sociais.
Mesmo fazendo a melhor escolha possível de um produto, fatores externos podem mudar o jogo em pouco tempo, tornando o que é um ótimo investimento hoje em um negócio pouco atrativo daqui um dia ou um ano.
Por exemplo, Maria trabalha com um tipo de produto do agronegócio voltado ao mercado exterior, mais especificamente ao mercado norte-americano.
Mesmo que nunca antes na história ela tenha experimentado uma baixa. Pode ser que o presidente Trump resolva fechar as portas para esse produto com uma política restritiva.
Com certeza, a Maria estaria em maus lençóis se todo o seu capital estivesse alocado neste mercado.
Entendeu por que é importante garantir diferentes posições diante do mesmo mercado?
Diversificar Investimento – Não, Faça Isso com Seu Dinheiro
Como Diversificar Carteira de Investimentos
Como dito, o conceito parte da escolha de produtos de investimento que reajam de formas diferentes às circunstâncias e variáveis que afetam a rentabilidade.
Então, não se engane pensando que ao escolher produtos muito semelhantes ou de diferentes emissores, você estará diversificando investimentos. Afinal, todos esses ativos serão afetados de forma muito semelhante pelas mudanças do mercado.
Assim, diversificar não é escolher produtos, mas escolher classes de ativos, mercados e segmentos com a proporção correta para o seu perfil de investidor.
Veja o passo a passo a seguir para montar a sua carteira de investimentos ideal.
1) Entenda em que Ciclo Financeiro sua vida está
Você pode estar em um dos três tipos de ciclos: o de acumulação, rentabilização ou preservação de capital. Esse ciclo é definido pela relação entre gerar riqueza e possível rentabilidade de capital disponível.
Se você está no começo da vida profissional e não possui capital, então o seu ciclo deve ser o de acumulação. Caso já tenha capital, mas a sua principal fonte de riqueza ainda seja o seu trabalho, está na fase de rentabilização. Aqui você deve buscar a maior rentabilidade possível.
No entanto, caso o seu ciclo produtivo tenha diminuido e você já tenha formado um patrimônio, você deve preservar ele e fazer investimentos que garantam o seu padrão de vida sem corroer o patrimônio.
2) Conheça o seu perfil de investidor
Não existe uma carteira de investimentos ideal para todos, pois cada pessoa possui uma personalidade diferente. Você pode ser conservador, moderado ou agressivo.
Tudo depende do seu gosto ao risco. Ele depende essencialmente do seu desconfortodiante de possível problemas de rentabilidade que podem ocorrer.
A capacidade de tomar riscos varia de acordo com a idade, estabilidade no trabalho, capacidade de poupar, objetivos a longo prazo, se possui dependentes, nível de renda e etc.
Imagine que os principais ativos de sua carteira sofrem uma forte queda e 10% do seu patrimônio é posto em risco. Como você se sentiria? Venderia tudo para estancar a sangria ou estaria seguro para manter a posição já que a sua posição é de longo prazo?
Responda essa questão. O autoconhecimento é fundamental na formação de uma carteira diversificada.
Sabendo o seu perfil e ciclo financeiro, então você deve traçar uma meta de rentabilidade para a sua carteira de investimentos.
3) Defina as classes de ativos
Agora você deve selecionar as classes de ativos que deseja possuir em sua carteira de investimentos. Eles podem ser de renda fixa, renda variável, multimercado, previdência, fundo imobiliário e cambial.
4) Escolha a proporção ideal de classes
Nesse momento você analisará os fatores macroeconômicos como inflação, taxa de juros, expectativas políticas e etc. Com esse estudo, é preciso equilibrar a porcentagem das classes em sua carteira de investimentos.
A média de rentabilidade e volatidade da carteira deve estar de acordo com os passos 1 e 2 para que você esteja confortável com a carteira escolhida.
5) Selecione Os Produtos de Investimentos
Somente agora que você deve se preocupar com quais ativos escolher. Seja LCI, LCA, título pré ou pós fixado, ações, fundos DI e etc. Nesse momento, é importante contar com uma boa corretora como a Rico, que vai disponibilizar uma lista completa de produtos, apresentando sempre a melhor rentabilidade do mercado.
6) Acompanhe e Rebalanceie sua Carteira
Se a carteira de investimentos foi montada de forma consciente, o acompanhamento dela deve ser mínimo, pois todos os ativos já foram escolhidos de acordo com os seus comportamentos naturais.
O que deve ser realizado é o rebalanceamento periódico. Por exemplo, você definiu que a renda fixa seria 25% da carteira e agora ela representa 50% da carteira porque sua rentabilidade foi positiva.
Você deve resgatar esse lucro e realocar de acordo com a proporção inicial.
Quantos Ativos São Necessários e Como Escolher Os Melhores
Isso depende bastante do tamanho do seu capital, do tempo que quer levar acompanhando e do seu perfil de investidor. Para quem já possui um patrimônio de mais de R$ 100 mil, 5 classes de ativos divididas em menos de uma dezena de produtos é o bastante.
Na hora de escolher, leve em consideração o emissor do ativo, o tipo, carência, liquidez, rentabilidade, rating e o aporte mínimo. Por isso, sempre siga a sua estratégia inicial.
Tipos de Diversificação de Investimentos
Pensando nisso, preparamos uma lista de dicas práticas que você deve levar em consideração ao escolher suas aplicações para manter a diversificação da sua carteira de investimentos. Confira:
1. Diversificação por classes de investimento
Existem diferentes classes de investimentos e cada uma delas segue regras e uma lógica de rendimentos distinta. Por exemplo, investimentos diretos em ações costumam ser mais voláteis, enquanto aplicações em fundos de renda fixa trazem mais estabilidade. Alguns têm um tempo de maturação maior, oferendo mais vantagens (como isenção de Imposto de Renda, por exemplo) quanto maior for o período de aplicação. Além disso, existem investimentos em debêntures, em títulos de dívidas, em moedas, etc. Ou seja, há várias opções entre as quais escolher!
2. Procure aplicações vinculadas a diferentes regiões geográficas
Esse é um conceito básico, mas que pode ser motivo de tropeço até para investidores mais experientes. Principalmente àqueles que começam a sofrer por excesso de confiança.
Claro que é possível manter todo o dinheiro investido em produtos de renda fixa, mas ao fazer isso, você não estará otimizando a sua rentabilidade, mas congelando todas as suas chances de crescimento a longo prazo.
Também é possível investir tudo em variável, nesse caso você terá uma chance de rentabilidade grande, mas também sofre o risco de não ter rentabilidade ou pior, de perder parte do capital.
Ao entrar em novos mercados, você ganha diferentes posições diante dos mesmos movimentos econômicos.
Sim, as aplicações também podem variar de acordo com a localização geográfica. Por mais globalizada que esteja a economia mundial, ainda existem diferenças grandes entre investir no Brasil e investir nos Estados Unidos, por exemplo. Suas classificações de risco de investimento são distintas, assim como o funcionamento de suas economias. Uma queda na bolsa de valores de São Paulo não significa necessariamente perdas também na bolsa de Nova York.
3. Investimentos em várias moedas? Sim!
É possível também investir em diferentes moedas, como dólares americanos, reais, libras esterlinas, euros, etc. Mesmo que você não compre fisicamente essas moedas como forma de investimento, e possível investir em títulos cujo rendimento esteja diretamente atrelado a elas. Assim, você equilibra aspectos como a previsibilidade econômica de cada mercado, as tendências cambiais de cada moeda e as expectativas de alta (ou queda) de cada setor.
4. Como diversificar investimentos com diferentes tempos de maturação
Diferentes investimentos têm também diferentes tempos de maturação. Algumas aplicações têm melhores resultados em longo prazo, enquanto outras já podem apresentar rendimentos em médio prazo. Há títulos que exigem um tempo mínimo para resgate, como os títulos do tesouro nacional. Quando você diversifica seu portfólio entre aplicações com diversos prazos de resgate e rendimento, as chances de manter bons resultados no futuro aumenta. Isso porque você deixa de depender de oscilações eventuais do mercado econômico. As flutuações de cada aplicação se estabilizam em longo prazo.
Vantagens de Ter Uma Carteira Diversificada
Redução de Riscos
A redução de riscos é uma das maiores vantagens ao conseguir elaborar uma carteira diversificada. Com a segurança, o investidor consegue ficar mais tranquilo com seus investimentos.
E independente do gosto ao risco, todos os investidores sentem alívio ao saber que estão mais protegidos. Isso ocorre porque ao fazer uma boa diversificação de investimentos, não basta um indexador cair, é preciso que todos façam isso juntos.
O que é improvável já que a carteira de investimentos será formada por diferentes classes de ativos.
Potencialização De Ganhos
Ao diversificar carteira de investimentos, você abrirá diversos caminhos para uma boa rentabilidade. Caso alguns deles despontem como grandes oportunidades, você estará elevando o retorno da sua carteira de investimentos como um todo.
Equilíbrio
Até day traders profissionais costumam ter parte dos seus ganhos alocados em outros investimentos. O nome disso é equilíbrio. E ele só é alcançado com a diversificação de investimentos.
Algumas vezes, garantir esse equilíbrio é diminuir o ritmo de crescimento do seu capital, mas é a melhor forma de construir um patrimônio a longo prazo.
Exemplo De Carteira De Investimentos Diversificada
Uma boa carteira deve possuir produtos de classes bem distintas, obedecendo as necessidades do perfil do investidor. Por isso, é preciso entender as características comportamentais de cada produto para verificar se ele se adequa ao seu perfil.
Veja um bom exemplo conservador, sem grandes necessidades de liquidez e uma rentabilidade esperada de 12,13% ao ano ou de 1,72% em um cenário adverso.
Proporção das classes de ativos
Renda Variável | 5,04% |
Renda Variável – Grande Capitalização – América do Norte | 10,17% |
Renda Fixa – Governo – Inflação Indexada | 15,00% |
Renda Fixa – Governo – Taxa Variável | 21,40% |
Renda Fixa – Governo – Taxa Fixa | 48,39% |
Distribuição por ativos
NTNF 2027 – Tesouro Prefixado 2027 com Juros Semestrais (NTN-F) | 4,58% |
ISUS11 – IT NOW Índice de Sustentabilidade Empresarial | 5,04% |
IVVB11 – S&P 500 FI em Cotas | 10,17% |
LTN 2023 – Tesouro Prefixado 2023 (LTN) | 10,97% |
NTNB 2024 – Tesouro IPCA+ 2024 (NTNB Princ) | 15,00% |
LFT 2023 – Tesouro Selic 2023 (LFT) | 21,40% |
LTN 2020 – Tesouro Prefixado 2020 (LTN) | 32,83% |
É Necessário Ajustar a Diversificação de Tempos em Tempos?
Uma carteira de investimento não é feita para ficar realocando capital o tempo todo. Isso gera custos e tributos desnecessários. Esse equilíbrio só deve ser alterado caso o seu perfil e planos de vida mudem.
Por exemplo, você e seu cônjuge estão esperando um filho ou então, de forma inesperada, a sua empresa vai à falência ou você perde o seu emprego. Nesse caso, o seu apetite ao risco mudou, fazendo necessário um ajuste na diversificação de investimentos.
Conclusão Sobre a Diversificação de Investimentos Ideal
Assim como na agricultura e em diversas atividades profissionais, a diversificação possui a capacidade de minimizar riscos e trazer o máximo possível de ganhos de acordo com o seu perfil.
É possível investir de forma aleatória, comprando qualquer produto encarando apenas as circunstâncias presentes, no entanto é um grande erro. Afinal, rentabilidade passada não é rentabilidade futura.
E como o futuro é incerto e ninguém pode prevê-lo, não existe outra fórmula melhor para se posicionar do que variando os seus aportes de forma inteligente e estratégica, considerando todas as variáveis presentes.
Você não precisa fazer isso sozinho.
Conte com a ajuda de um assessor de investimentos
Ao pensar em como diversificar investimentos, fuja de aconselhamentos de seu gerente de conta no banco. Ele não é a pessoa mais indicada para orientar suas escolhas financeiras. Nesses casos, não há ninguém melhor do que um profissional especializado e isento no tema para garantir resultados mais efetivos e substanciais para seus investimentos. Ao escolher as diferentes aplicações de sua carteira, conte com a ajuda de um assessor de investimentos!
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