O grande problema do futuro é que não conseguimos nos enxergar nele. Já ouviu essa frase? Pois ela cabe perfeitamente na problemática de quem tem a aposentadoria logo à frente de seus olhos. Afinal, a “melhor idade” só chega mesmo para quem soube, ao longo dos anos, construir um patrimônio sólido através de inteligentes decisões de investimento, extrema disciplina e, é claro, o auxílio de um expert em investimentos.
Se você tem a perspectiva de juntar um bom patrimônio nos próximos anos, mas não sabe como administrá-lo em prol de uma aposentadoria confortável, este artigo será fundamental para plantar em sua vida os primeiros passos para o alcance dessa conquista! Organize, calcule sua aposentadoria e escreva o futuro desde já!
Calcule sua aposentadoria: antes de se lançar em alto-mar, saiba onde quer chegar!
Não adianta ter recursos se você não sabe o que fazer com eles e qual seu alvo final! Óbvio que, por estarmos tratando de algumas décadas à frente, tudo o que podemos fazer é estimar. Mesmo assim, algumas premissas básicas podem nos aproximar muito de um cenário plausível.
Defina quanto você pretende gastar mensalmente ao se aposentar
Para chegar a esse indicador, é necessário corrigir seus gastos atuais a uma inflação estimada — especialistas recomendam algo em torno de 5% a.a. Essa inflação vai ser acumulada em juros compostos (juros sobre juros) ao longo de todos os anos, até a data da aposentadoria. Mas não se preocupe, você não precisará se debruçar sobre complexos cálculos de matemática financeira: acesse essa calculadora de juros e atualize o valor dos seus gastos para 20, 30 ou 40 anos, por exemplo!
Subtraia o valor do benefício pago pelo INSS
Com isso, você chegará ao valor mensal (à parte) que precisará ter, todos os meses, após se aposentar.
Multiplique o resultado por 12 (meses)
Você chegou ao valor atualizado de quanto gastará por mês. Mas vamos facilitar o cálculo atualizando esse valor por ano.
Multiplique o resultado pelo multiplicador de expectativa de vida (para chegar ao valor total que se precisa alcançar)
Esse multiplicador é uma tabela muito usada por especialistas em estatísticas e planejadores financeiros para cálculo de aposentadorias. Ele se refere a quantos anos você pretende viver após a aposentadoria (20 anos = 14,13394; 30 anos = 17,98371; 40 anos = 20,58448).
Parece complicado, mas é bem simples. Vamos a um exemplo disso tudo. Usando a calculadora listada anteriormente, se um poupador gasta hoje R$ 10.000,00 e está a 10 anos de se aposentar, as contas serão as seguintes: veremos que os R$ 10 mil de hoje, dentro de 10 anos, equivalerão a R$15.513,28. Se esse mesmo poupador receberá um benefício de R$ 3.513,28 do INSS, restarão ainda R$ 12 mil ao mês (R$ 144 mil ao ano) de gastos que devem ser supridos por um patrimônio acumulado ao longo dessa década.
Devemos agora multiplicar esses R$ 144 mil de gastos anuais (a serem supridos) pelo multiplicador do item 4, que corresponde à expectativa de vida do poupador após a aposentadoria. Se o sujeito do nosso exemplo se aposentará com 65 anos e pretende viver mais 20 anos com seus recursos, deve calcular 144 mil x 14,13394 = aproximadamente R$ 2 milhões.
Pronto! Acabamos de descobrir quanto nosso investidor deve angariar ao longo dos próximos 10 anos para viver tranquilo com seus recursos e manter seu padrão de vida com tranquilidade! Além da calculadora de juros, há ainda outra calculadora gratuita e ainda mais completa, que calcula de forma automática quase tudo o que tratamos até agora!
Próxima etapa: como chegar ao valor estimado
Vamos seguir com nosso exemplo. O nosso investidor fictício chegou à conclusão de que precisa ter cerca de R$ 2 milhões e tem 10 anos para chegar a esse montante. Supondo que ele já tenha um bom dinheiro guardado (cerca de R$ 500 mil), vamos entender agora o que poderá ser feito para se chegar ao alvo definido.
Definir um valor fixo mensal para aplicações
Além do patrimônio financeiro adquirido, é preciso ter disponível uma quantia fixa que será aplicada mensalmente. Supondo, ainda no nosso exemplo, que o investidor tenha R$ 4 mil para aplicar todos os meses e, por ter perfil extremamente conservador, decida por aplicar todos os seus recursos na caderneta de poupança (algo nada recomendável em um momento como o atual, em que o rendimento real da poupança é negativo!). Utilizando mais uma ferramenta, um simulador de poupança, você verá que com R$ 4 mil ao mês e um montante de R$ 500 mil, em 10 anos, é possível chegar bem próximo do valor necessário em nosso exemplo (1,5 milhão ante os R$ 2 milhões estimados).
Isso porque estamos falando de uma das aplicações menos rentáveis do mercado. Perceba que, por meio de um fundo multimercados, Tesouro Direto ou mesmo, um CDB (para quem não abre mão da renda fixa), seria absolutamente possível chegar à meta definida. Tudo é uma questão de foco, disciplina e um a assessoria de excelência!
Delimite sua tolerância ao risco
Se o investidor tem baixa tolerância a riscos, não faz sentido se jogar de peito aberto na insanidade de um broker da Bolsa de Valores. Da mesma forma que poupadores mais arrojados poderiam apostar em fundos de ações, ouro ou outras aplicações de maior risco. Independente do nível de tolerância, o ideal é diversificar seus investimentos, nunca apostando todas as fichas em um único ativo.
Contrate uma empresa especializada em planejamento financeiro pessoal para assessorá-lo em suas decisões
Não adianta ter recursos sem ter orientação profissional. Não adianta ter tolerância ao risco e apostar em aplicações incompatíveis com seu perfil. Na verdade, nem seria possível descobrir, de fato, qual seu nível de tolerância ao risco sem o auxílio de um especialista em estratégias financeiras. Ou seja: nem pense em arriscar o patrimônio de uma vida inteira sem a orientação de especialistas. Ainda que o investidor tenha bons conhecimentos de mercado, uma assessoria com expertise no assunto poderá lapidar suas ideias e potencializar seus resultados. O objetivo é enriquecer, não é? Então dê uma dinâmica profissional a essa missão.
Dê preferência a ativos de longo prazo e busque sempre as menores taxas
Não é uma regra matemática, mas aplicações de longo prazo costumam oferecer retornos maiores do que os investimentos mais imediatistas (como o chamado Day-Trade, operação em Bolsa em que se compra e vende ativos no mesmo dia). Muita atenção também às taxas; existem diversos títulos públicos, por exemplo, que têm taxas muito inferiores aos planos de previdência privada!
Como você percebeu, planejamento financeiro envolve muito mais do que só controlar despesas. É tomar decisões com antecedência, antecipando-se aos acontecimentos reais. Envolve a estipulação de metas, escolha das melhores opções de investimento, auxílio de uma assessoria financeira com expertise na gestão de patrimônio, além, é claro, de boas noções de finanças. Ou, parafraseando o economista Louis Frankenberg, “planejamento financeiro pessoal significa estabelecer e seguir uma estratégia precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e de sua família”.
Comece agora mesmo e calcule sua aposentadoria! Ainda tem dúvidas ou outras dicas importantes sobre o assunto? Leia mais sobre o tema em nosso e-book sobre como ter uma aposentadoria tranquila.