Se você já procurou informações sobre investimentos, certamente ouviu falar do CDB (Certificado de Depósito Bancário). Essa aplicação ganhou popularidade recentemente frente a poupança, já que, no ano passado, a rentabilidade da caderneta foi de 8,07%, enquanto que a inflação foi registrada pelo IPCA em 10,67%. Em outras palavras, quem investiu na boa e velha poupança infelizmente teve o dinheiro corroído pela inflação. A partir daí, muitos investidores conservadores precisaram repensar suas aplicações, e logo procuraram opções como o CDB. Mas será que realmente vale a pena?
Claro que, como todo investimento, o CDB apresenta suas vantagens e desvantagens. Para conseguir extrair o retorno esperado com esse tipo de aplicação, portanto, você deve conhecer bem todas elas, além de verificar se essa é realmente a opção para você. Antes de tudo, você precisa se informar, e é justamente isso que você vai encontrar aqui. Confira neste post tudo o que você precisa saber sobre investimento em CDB!
O que é o CDB e como ele funciona?
Basicamente, o CDB é um título de crédito emitido por bancos. Portanto, diferente do Tesouro Direto, em que o dinheiro é garantido pelo governo, esse é um título privado. Para os bancos, o objetivo desse tipo de aplicação é captar recursos de investidores para repassar a terceiros na forma de empréstimos, por exemplo. Em outras palavras, é como se você estivesse emprestando seu dinheiro para a instituição financeira, e cobrando os juros dessa operação.
Hoje, os CDBs consistem em um depósito a prazo determinado — normalmente, o período mínimo é de um mês —, e a rentabilidade pode ser pós-fixada ou pré-fixada. Na primeira opção, a rentabilidade do investimento é atrelada a algum índice, como o CDI, o TBF, entre outros. Já na segunda, a remuneração do capital investido é detalhada já no momento da aplicação — por isso, muitos investidores conservadores passaram a optar por essa modalidade.
Quais são as vantagens?
Vamos começar mostrando o que há de melhor nessa aplicação. Em primeiro lugar, como vimos na introdução do nosso post, a rentabilidade do CDB é maior do que a da poupança e, com ele, você realmente vai ver o seu dinheiro render. Além disso, com os contratos pós-fixados é possível se beneficiar diretamente do aumento dos juros e, mesmo nos contratos pré-fixados, você pode fazer uma negociação direta com o banco para se beneficiar. Ou seja, além de saber exatamente o quanto vai ganhar, pode barganhar uma rentabilidade maior.
Além disso, assim como na poupança, os investimentos em CDB que não ultrapassarem o valor de até R$ 250 mil têm a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), do Banco Central. Portanto, mesmo se a instituição financeira vier à falência, você terá garantidas as quantias investidas até o limite. Por fim, e não menos importante, atualmente é possível utilizar o seu CDB como margem de garantia para a realização de operações de Mercado Futuro ou Day-trade. Assim, você pode diversificar seus investimentos no futuro entre renda fixa e renda variável.
Quais são as desvantagens?
Uma das principais desvantagens do CDB é o fato de que esse investimento é tributado pelo Imposto de Renda, que pode variar entre 15% a 22,5% dependendo do período em que o cliente deixar o dinheiro aplicado. Além disso, pode haver a cobrança do IOF caso, por algum motivo, a aplicação dure menos de 30 dias — o que é incomum, mas pode acontecer.
Para muitos, outra grande desvantagem do CDB é o fato de que a aplicação mínima é maior do que a de outros concorrentes, como o próprio Tesouro Direto. Normalmente, você precisa fazer uma aplicação mínima de R$ 10 mil, sendo que é a partir dos R$ 50 mil que você consegue as melhores taxas dos bancos.
Por fim, é claro, a operação está sujeita a riscos. Além da inflação diminuir a rentabilidade, os montantes que excederem o máximo garantido pelo FGC perdem a proteção.
Dicas simples para você que vai investir
Se você se interessou pelo CDB, é importante fazer as suas aplicações de maneira consciente para conseguir extrair o máximo dos benefícios, é claro. Por isso, trouxemos uma lista com 3 dicas para você que vai investir nessa aplicação. Veja!
O lado bom e ruim dos bancos pequenos
Definitivamente, os bancos menores são os que oferecem as melhores condições e a maior rentabilidade. Isso porque, evidentemente, são os que mais carecem de recursos. A diferença, muitas vezes, é gritante: alguns bancos pequenos, por exemplo, podem oferecer uma rentabilidade de 115% do CDI, enquanto nos bancos maiores esse valor pode descer para até 80% — isso no caso do CDB pós-fixado.
O conselho é buscar esse tipo de banco para fazer a sua aplicação, mas com cuidado. De preferência, pesquise sobre a instituição antes de assinar o contrato e nunca faça aplicações superiores ao limite protegido pelo FGC.
Faça investimentos de longo prazo
Como vimos, quanto maior for o prazo de vencimento do investimento, menor será a “mordida do leão”. Para investimentos com prazo de até 180 dias, o Imposto de Renda é cobrado na alíquota de 22,5%. Até 360 dias, já temos uma redução para 20%. Por fim, quando chega aos 720 dias, a alíquota do tributo reduz para 17,5% e, quando supera esse período, cai para 15%.
Além disso, quanto maior é o prazo do investimento, melhores podem ser as condições oferecidas pelo banco e, é claro, maiores serão os seus rendimentos!
Sempre compare os investimentos
É fundamental que você compare o retorno obtido com o CDB e outras aplicações, como a poupança, a LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e o Tesouro Direto, por exemplo. Em primeiro lugar, porque as flutuações na inflação, por exemplo, podem afetar diretamente os rendimentos obtidos, como foi o que aconteceu com a poupança, por exemplo.
Em segundo, independentemente do seu objetivo, é fundamental que você sempre varie os seus investimentos para conseguir segurança e rentabilidade simultaneamente!
O que achou do CDB? Ficou atraído pelas vantagens ou se decepcionou com as desvantagens? Deixe o seu comentário
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