De 2001 a 2013, o metal mais cobiçado da história da humanidade valorizou-se (acredite!) cerca de 600%! Assim como ocorre em anos de crise e pressão inflacionária, o ouro foi beneficiado, em 2014, pela fuga dos investidores de ativos em Bolsa, ávidos por protegerem seu capital em um ativo considerado uma boa reserva de valor (já que sua depreciação não costuma ocorrer tão bruscamente como ocorre com as moedas). O resultado desse aumento da procura é que o ouro chegou a dezembro como a melhor aplicação do ano, com valorização de 14,03% em 2014 (frente aos -2,91% da Bolsa de Valores no mesmo período).
A propósito, você sabe como investir em ouro? A qual perfil essa aplicação é direcionada e quais as vantagens e desvantagens desse ativo? Tudo isso você aprenderá a partir de agora!
Como funciona uma aplicação em ouro?
Negociação à vista na BM&F
Existem diversas maneiras de investir em ouro. A principal delas é através da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros). Nesse caso, o investidor deve procurar uma corretora de valores de confiança que materializará a negociação. Será então elaborado um contrato, com a possibilidade de compra do lote-padrão (250g), para quem tem acima de R$ 33 mil (o valor atual de 1 lote) ou lotes fracionários (10g ou 0,225g) para quem dispõe de capital menor. A partir daí, o investidor pode carregar posições, comprando e vendendo sem contato físico com o metal, de forma muito semelhante à negociação de ações. Ao final do processo, caso opte pela liquidação física (é possível fazer a liquidação física ou financeira), será permitida a retirada de lotes múltiplos de 250g.
Os custos dessa operação envolvem as taxas de corretagem, taxa de custódia (apurada diariamente, mas cobrada mensalmente) e seguro ligado ao transporte das barras. Em aplicações acima de R$ 20 mil, há ainda a incidência de IR.
Mais um detalhe importante: a cotação do ouro se faz em Reais e por grama. Em 05/11/2015, por exemplo, 1g do metal estava cotado a R$ 133,00 (quer saber a cotação do ouro hoje? Então clique aqui!). Outra unidade de medida do ouro é a onça troy, que equivale a 31,1 gramas. Recomenda-se, nessa modalidade, a assessoria de um profissional especializado.
Negociação no mercado futuro BM&F
Outra forma de negociar ouro através da BM&F é, em vez da compra à vista, como citamos acima, buscar os contratos futuros, mercado a termo e opções. No mercado futuro, será fixado um preço para comprar ou vender ouro em uma data futura, de acordo com os patamares que o mercado aceita negociar no momento presente. A liquidação dos contratos futuros de ouro só ocorre de forma financeira (não há a possibilidade de retirar o metal fisicamente). É uma aplicação destinada apenas a quem já tem alta experiência no mercado ou para quem tem o auxílio de um assessor de investimentos.
Compra de ouro em barra com entrega física
Essa opção é para aqueles que não querem abrir conta em corretora. A OM DTVM e a Marsam DTVM são duas das maiores distribuidoras de ouro no país. As transações por esse método são impactadas com uma taxa de cerca de 1% do valor do ouro negociado na BM&FBovespa, em virtude dos riscos incorridos na entrega do metal de forma física.
É possível adquirir as barras nas lojas dessas distribuidoras ou pela internet, lembrando que a responsabilidade pela guarda é do cliente (a entrega pode ser feita pelos Correios ou por motoboy). Para quem quer sentir-se mais protegido, o metal pode ser custodiado exclusivamente pelo Banco do Brasil, com cobrança de uma taxa mensal. Essa operação é comum entre os investidores com pouco capital. No entanto, os riscos da negociação do ouro físico devem ser levados em consideração antes de mergulhar nesse tipo de trâmite.
Outros
Engloba compra de joias (a baixa liquidez dessa operação, bem como a impossibilidade de mensurar qualidade, impõem cuidados), investimento em fundos de capital protegido (pagam a variação do ouro) ou mercado informal. Nesse último caso, as cotações costumam ser inferiores às praticadas pelo mercado; entretanto, como não há como conferir diversos dados, tais como certificado de autenticidade, esse tipo de operação costuma ter risco alto.
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Assessoria de especialistas
Independente do capital disponível e do tipo de operação de interesse, é altamente recomendável buscar a operação através de uma corretora de valores (a fim de reduzir os riscos do constante transporte físico das barras), bem como o de um expert em mercado financeiro, que poderá mapear o perfil do investidor, entender seus objetivos e delinear uma estratégia sólida para acumulação de capital — e, sobretudo, proteção de patrimônio (hedge). Sem aventuras, com seriedade e gerenciamento de risco.
Riscos
Embora o metal dourado seja tratado como reserva de valor, é preciso não perder de vista de que se trata também de um ativo de renda variável, ou seja, está submetido a alguns fatores que podem dar a ele maior volatilidade, tais como:
- Fluxo mundial de importação e exportação de minérios;
- Políticas monetárias adotadas pelas principais economias do mundo;
- Flutuações sazonais típicas (a compra de joias, comum em finais de ano, provoca elevações na cotação);
- Fenômenos da natureza (como excesso de chuvas) podem atrapalhar a extração do minério e provocar aumento temporário em seu preço.
Vantagens de aplicar em ouro
- Aceito internacionalmente como ativo financeiro;
- É considerado uma reserva financeira em tempos de crise, já que suas flutuações são menos impetuosas no curto prazo do que ações ou moedas;
- É possível usá-lo como garantia para negociar outros ativos da Bolsa de Valores;
- Valorização de mais de 14% em 2014.
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