Ações da Petrobras em queda livre. Não, não estamos falando do cenário atual. O ano é 2008, mais precisamente, 3/12/2008. No auge da crise do subprime nos EUA, os mercados, apavorados, transbordavam números nada animadores. As ações preferenciais da Petrobrás (com direito a voto), eram negociadas a R$ 18,16, após alçarem R$ 50,00 em maio do ano anterior. Com o declínio no valor por ação, muitos anunciavam que seria um péssimo negócio apostar nestes ativos. Todavia, quase 1 ano depois, em 29/11/2009, as mesmas ações eram vendidas a R$ 39,79, valorização de 120% em relação ao período anterior. Nunca o chavão do mercado “comprar na baixa e vender na alta é a estratégia ideal” foi tão claro, não?
Comprar ações em baixa para “realizar o lucro” em um momento de recuperação posterior, entretanto, não é tarefa simples, pois não é óbvio descobrir quando uma ação está barata ou não. Há, no entanto, algumas dicas práticas que você pode ficar de olho e que servem de indicativos de que é hora de comprar ou vender ações. Vamos a elas:
Aprofunde seus conhecimentos em Análise Técnica
A polêmica Análise Técnica, utilizada tanto por especuladores como por investidores de longo prazo, se não deve ser o único instrumento de análise dos mercados, tampouco deve ser desprezada. Trata-se da análise gráfica da variação dos preços dos ativos ao longo do tempo, a formarem certos padrões que podem ser repetidos (para identificar os melhores pontos de entrada e saída).
Conhecimentos básicos em estatística, médias móveis e análise de série histórica são desejáveis. Todavia, existem hoje diversos softwares de acompanhamento gráfico da flutuação de preços das ações, que possuem recursos de cálculos matemáticos automatizados. Facilita, mas nunca é demais ser senhor de seu próprio rumo.
Não ignore os resultados financeiros dos balanços das empresas
Faça uma análise fundamentalista para compreender o que se está comprando — fundamental para identificar ações em baixa. Balanço patrimonial (que reflete a posição da empresa, por meio de ativos, passivos e PL), Demonstrativos de Resultados do Exercício – DRE (que evidencia se a empresa teve lucro ou prejuízo no exercício), Demonstração de Origens e Aplicação dos Recursos (DOAR), a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados e Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido são as principais demonstrações a serem avaliadas por um investidor prudente que quer conhecer onde está aplicando seu dinheiro. Evidentemente, a leitura de extensos balanços exige a busca de conhecimentos mínimos de Contabilidade para saber o que representa cada elemento na saúde financeira da organização. Mas tenha a certeza de que vale a pena.
Um exemplo prático da utilidade na análise dos indicadores contidos nessas demonstrações é o estudo do P/L (Preço por Ação/Lucro por Ação), cujo objetivo é mensurar em quantos anos a empresa devolverá o capital aplicado na compra do ativo. Em linhas gerais, quanto menor o P/L de uma ação em relação à sua média histórica ou aos seus concorrentes do segmento, mais “barata” ela está. Por outro lado, quanto maior estiver esse indicador em relação à média do mercado, mais “caro” está o ativo. Nada de comprar ações no escuro!
Fique de olho no fluxo de capital estrangeiro
Uma forma interessante de perceber se a bolsa brasileira está barata ou cara é prestar atenção no fluxo de capital estrangeiro no mercado acionário nacional. Tenha em mente que quase todos os movimentos de reversão da bolsa ocorrem quando há migração do investimento entre pessoa física e agentes internacionais. O alto volume de dinheiro aplicado pelos estrangeiros mostra, na prática, o efeito da chamada “lei da oferta x procura”. Isso porque esses agentes têm força para, sozinhos, modificarem o preço das ações. Dessa forma, se houver fuga de capital estrangeiro, muito cuidado.
Recorra às orientações de um especialista
Assessores de investimentos, planejadores financeiros, especialistas em gestão de riquezas. Existem profissionais com extensa experiência no mercado acionário, capazes de diagnosticar os ativos de melhor oportunidade de investimentos (comprar ações em baixa) e auxiliarem os novos investidores a compreenderem seu perfil, traçarem alvos audaciosos e delimitarem estratégias sensatas para obter resultados concretos. Tudo com gerenciamento de risco, sem exposição do capital em demasia.
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