Quem nunca teve vontade de investir em algo que pudesse dobrar o valor inicial? E que, além de rentável fosse seguro e líquido? Para encontrar esse tipo de aplicação basta estudar com calma o mercado.
Fazendo isso, você vai perceber que há algumas opções que podem cumprir esse objetivo. Ações, Fundos Imobiliários e até mesmo a Renda Fixa são os exemplos.
Pensar em investimentos capazes de dobrar o investimento, para um pouco utópico, mas o segredo não está no investimento em si, mas sim, em como você vai fazê-lo. Fazer o investimento direcionado e manter o foco são os segredos dessa possibilidade.
Não entendeu? Sem problemas, continue lendo e descubra como fazer isso.
Principais investimentos para dobrar sua renda (Vantagens e Riscos)
Como falamos, existem muitos produtos no mercado financeiro que pode te ajudar a dobrar o seu capital, o atingir outros objetivos. Vamos falar sobre alguns deles a seguir.
Ações
Ações são pequenas parcelas da empresa negociadas entre investidores através da Bolsa de Valores, com intermediação das corretora. A principal vantagem de investir em ações é a possibilidade de ganhos altos, contudo por ser um ativo de renda variável, os riscos envolvidos são proporcionais.
Como o mercado está constante movimento, os preços podem aumentar ou cair de um dia para o outro, daí o risco de investir em ações sem os devidos cuidados.
Vários fatores podem influenciar a alta ou baixa de uma ação ou de toda a Bolsa de Valores, a política interna e externa são exemplos disso. Nesse sentido, trata-se de um mercado bastante volátil.
O pior é que nem sempre é possível prever o que vai acontecer. Medidas tomadas na China, por exemplo, afetam todo o sistema internacional. Como o efeito é dominó, essa mesma medida pode afetar negativamente aquela empresa que no dia anterior você julgou ser uma boa opção para investir.
Um bom exemplo disso é a recente Guerra comercial entre China e Estados Unidos, que vem gerando fortes movimentações nas bolsas de todo o mundo, inclusive no Brasil.
Mas isso não quer dizer que você não pode investir em ações, e melhor ainda, isso não quer dizer que você não pode ganhar dinheiro fazendo esses investimentos.
Em momento de crise, quando estão todos saindo do mercado, é que se formam os melhores cenários para compras. Com os preços em baixa, você pode conseguir comprar boas ações com preços promocionais.
De maneira geral, mesmo as ações da melhores empresas caem quando a Bolsa cai por algum motivo. Mas isso não quer dizer que aquela empresa deixou de ser lucrativa e confiável.
Por isso, estude sobre as empresas, veja quais são rentáveis, sólidas e bem geridas e aproveite os momentos de queda do mercado.
Além disso, para quem pensa em ganhar dinheiro com a Bolsa de Valores, uma boa dica é montar uma carteira focada em dividendos.
Para fazer isso, você pode seguir a mesma ideia para a escolha de boas ações, mas é importante avaliar o quanto a empresa distribui de seu lucro para os acionistas e qual a periodicidade dos pagamentos.
Isso vai te ajudar a escolher as melhores ações de acordo com a sua estratégia.
Fundos Imobiliários
Os fundos imobiliários, também chamados de FIIs, assim como as ações, podem ser negociados na Bolsa, o que por um lado garante uma vantagem, a liquidez. Porém, essas movimentações podem aumentar a volatilidades dos FIIs;
Os fundos imobiliários são um tipo de fundo de investimento e possuem, basicamente, a mesma estrutura que os demais. Eles contam com um gestor especialista, que decide onde o dinheiro será alocado e também são formados por cotistas.
Contudo, nesse tipo de fundo, o valor levantado com a venda das cotas é destinado para o setor imobiliário.
Na maiorias das vezes, os FIIs investem a maior parte de seu capital em empreendimentos imobiliários, como prédios, edifícios, galpões, etc. Esse são chamados Fundos Imobiliários de Tijolo.
Os FIIs de tijolo tem uma importante vantagem para seus investidores, eles distribuem o aluguel entre os seus cotistas mensalmente.
Além desses, ainda existem os Fundos Imobiliários de Papel. Esses FIIs, costumam aplicar a maior parte de seu capital em títulos ligados ao setor imobiliário, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), por exemplo.
Os fundos imobiliários são a modalidade de investimento mais escolhida pelo milionários. Afinal, eles garantem flexibilidade de variar a carteira com investimento seguro e muito rentável e ainda garantem uma fonte extra de renda.
Contudo, os FIIs não ficam restritos apenas a essa classe, muitos investidores iniciantes também investem nesses ativos, sobretudo pela facilidade na administração e possibilidade de ganhos que sozinho seria mais difícil alcançar.
Renda Fixa
Da mesma forma que existem os investidores que não gostam das ações, há investidores que não acham que renda fixa pode ser um bom investimento.
Essa modalidade costuma apresentar possibilidades menores de retorno, mas em contrapartida, apresentam taxas de risco consideravelmente menores, por isso pode uma boa alternativa para diversificar a carteira e diluir os riscos.
Além disso, a renda fixa, como o nome sugere, é mais previsível do que outros investimentos. Dependendo do título que você escolher, pode saber na hora do investimento qual será a rentabilidade da sua aplicação. Um exemplo disso, são os títulos do Tesouro Prefixado.
É importante ressaltar, no entanto, que mesmo que sejam mais seguros, os ativos de renda fixa também estão sujeitos à riscos.
Apesar de a maioria desses títulos ter cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante até R$ 250 mil por CPF por instituição, em até quatro instituições, os papéis como as debêntures não possuem garantias.
Nesses casos, se o emissor título tiver algum problema, o investidor corre o risco de não conseguir recuperar seu dinheiro.
Por isso, é importante, na hora de escolher seu título de renda fixa avaliar com cautela todas as condições do contrato e também a situação do emissor do título.
Como os milionários dividem seus investimentos e como você deveria dividir os seus?
Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), os fundos imobiliários são os investimentos preferidos dos milionários com 50,2% do total de investimentos do primeiro semestre de 2019.
Em seguida estão os títulos e valores mobiliários (mercado de ações) com 38,7% e em terceiro lugar estão os ativos de renda fixa com 11,1%.
Nesse sentido, com base em pesquisas, é possível avaliar que os clientes private, os famosos milionários, dividem seus investimentos preferencialmente entre Fundos Imobiliários, Títulos e Valores Mobiliários e Renda Fixa.
Contudo, a proporção de cada uma desses ativos na carteira de investimentos é muito pessoal, uma vez que depende do perfil de cada investidor.
Uma dica, nesse sentido, é procurar montar uma carteira mais equilibrada, usando 50% Renda Fixa, 30% Fundos Imobiliários e 20% Ações, por exemplo.
Por que é recomendado ter uma carteira de investimento diversificada?
Conforme demonstrado anteriormente, todos os investimentos têm suas vantagens e seus riscos, por isso há a necessidade de uma carteira diversificada de investimentos.
Veja alguns exemplos.
Exemplo 1: carteira de ações
Suponha que você montou uma carteira de investimento de R$ 10.000 composta apenas por ações com foco em dividendos. Quanto tempo precisará para dobrar o valor investido?
Para responder a questão, vamos usar o desempenho do IDIV, Índice que representa a média da performance das ações que são as melhores pagadoras de dividendos do Ibovespa.
No acumulado de doze meses, entre agosto de 2018 e agosto de 2019, o IDIV apresentou rentabilidade de 50,27%.
Usando essa rentabilidade e o poder dos juros compostos, o tempo necessário para transformar R$ 10.000 em R$ 20.000 seria de pouco menos de dois anos, cerca de 21 meses.
Convenhamos que esse é um excelente resultado, mas não é garantido. Afinal ganhos passados não são garantia de ganhos no futuro.
Em 2008, por exemplo, em decorrência da crise dos Estados Unidos as ações da Bolsa caíram 50%.
Se isso acontecesse, em poucos meses você perderia 50% do seu dinheiro, praticamente toda sua rentabilidade.
Exemplo 2: carteira de FIIs
Agora suponha, uma outra carteira, com o mesmo valor, porém totalmente composta por fundos imobiliários.
Para fazer o cálculo de quanto tempo seria necessário para dobrar o valor aplicado, vamos usar o desempenho do IFIX, índice que mede o desempenho médio dos fundos imobiliários. No acumulado dos últimos doze meses (entre agosto de 2018 e agosto de 2019) o índice rendeu 24,40%.
Usando o poder dos juros compostos, seria necessário, mais ou menos, 3 anos e 3 meses para dobrar o capital.
O resultado aqui também não está nada mal, não é? Mas esse investimento também está sujeito a riscos.
Entre os anos de 2012 e 2013, por exemplo, com o aumento dos juros na economia, os fundos imobiliários chegaram a cair 25%.
Ex 3 – Carteira Renda Fixa
Por último suponha que você resolveu investir todo o capital (R$ 10.000) em renda fixa. A escolha aqui foi o título do Tesouro Direto, Tesouro IPCA , afinal é sempre bom se proteger da inflação.
Vamos considerar, portanto, o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050, que tem rentabilidade de 3,72 + IPCA. Considerando o IPCA de 3,43% ao ano, a rentabilidade do título é de 6,7% ao ano.
Nesse cenário, usando juros compostos no cálculo, seriam necessários cerca de 10,8 ano para conseguir transformar R$10.000 em R$20.000.
Nesse sentido, o maior problema com uma carteira composta 100% de renda fixa, não fica por conta do risco, mas sim por conta da baixa rentabilidade, o que exigiria uma prazo de aplicação muito maior para alcançar resultados satisfatórios.
Diante disso, é possível perceber a necessidade e importância de se montar uma carteira de investimento diversificada.
Isso vai te ajudar a diminuir os riscos do seus investimentos, garantindo maior possibilidade de retorno.