Certamente você já se perguntou: “onde investir meu dinheiro?”, afinal essa é uma questão muito comum entre as pessoas que estão planejando começar a investir. Contudo, apesar de ser um questionamento comum, nem sempre a resposta é tão simples.
Investir dinheiro, em qualquer tipo de aplicação, requer um bom planejamento financeiro. Isso ajuda a diluir os riscos do investimento e ajudar a aplicar o dinheiro de maneira mais eficiente.
Por isso, preparamos para você este artigo especificamente sobre o tema, que vai te ajudar a responder para si mesmo a pergunta “onde investir meu dinheiro”.
Trace metas
Em primeiro lugar, antes fazer uma aplicação financeira é preciso definir quais são os objetivos dos seus investimentos financeiros. Esse passo é importante para saber em quais tipos de produtos você deverá aplicar seu dinheiro.
Os objetivos podem ser simples como comprar um carro ou mais substanciais como garantir uma aposentadoria tranquila. De qualquer maneira, é importante ter em mente onde você quer chegar e quanto precisa para isso.
Além disso, também é necessário definir o prazo para os seus investimentos. Isso vai te ajudar a montar uma carteira adequada.
Determine quanto quer investir
Outro passo importante na hora de investir o seu dinheiro é saber exatamente o quanto você quer destinar para as aplicações. Você pode fazer uma aplicação única com um valor mais alto ou fazer uma aplicação inicial com aportes periódicos.
Faça um planejamento financeiro detalhado, conheça os seus gastos, veja onde pode economizar e quanto pode aplicar. É fundamental definir uma quantia razoável de acordo com seus gastos, sem comprometer suas contas e responsabilidades.
De modo geral, o ideal é conseguir separar para investimentos cerca de 30% de sua renda. No entanto, se o máximo que conseguir, inicialmente, for de 5%, por exemplo, não tem problema.
Inicialmente mantenha o foco em equilibrar as contas e aprender a evitar gastos desnecessários para manter as finanças em dias. A partir disso, com tempo, planejamento e disciplina, você poderá investir um maior percentual de sua renda.
Estude os diferentes tipos de Investimento
No mercado existem diversas modalidades de investimentos e cada uma delas carrega especificidades que podem ser interessantes
- Renda Fixa
- Renda Variável
Renda Fixa
A renda fixa é a modalidade mais conservadora de investimentos. Ela pode ser usada principalmente por quem está começando a investir e pretende criar uma reserva de emergência.
Nesse caso, é importante pensar em rentabilidade com segurança e liquidez, por isso, os produtos mais indicados são o Tesouro Selic e CDB 100% CDI, além de fundos DI com taxa de administração menor do que 0,5% ao ano.
A renda fixa, como o nome sugere, tem como característica principal um rendimento previsível. Dependendo do tipo de produto, o investidor conhece no momento da aplicação quanto vai receber ao final do prazo do investimentos.
Em outros casos, é possível fazer uma projeção de acordo com o indicador no qual o produtos está atrelado. De maneira geral, não há oscilações inesperadas nestes rendimentos.
Normalmente, os ativos de renda fixa estão atrelados a três indicadores:
- CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou Taxa Selic
- IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – taxa de inflação
- Taxa prefixada – essa é uma taxa definida no momento da aplicação e não muda ao longo do período do investimento
A renda fixa se constitui em títulos de dívida que podem ser emitidos por bancos, financeiras, empresa ou mesmo o Tesouro Nacional. De forma geral, os emissores emitem esses títulos com o intuito de levantar capital para financiar suas atividades.
Dessa maneira, quem aplica nesses títulos está emprestando dinheiro para a instituição emissora e em troca recebe juros sobre o capital investido.
Veja alguns exemplos de investimentos de renda fixa e quem são seus emissores:
Título | Emissor |
CDB | Bancos |
LCI (Letra de Crédito Imobiliária) | Bancos |
LCA (Letra de Crédito do Agronegócio | Bancos |
LC (Letras de Câmbio) | Financeiras |
Tesouro Direto | Tesouro Nacional |
CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) | Instituições Securitizadoras |
CRA (Certificado de Recebíveis do agronegócio) | Instituições Securitizadoras |
Apesar de ser um tipo de investimento mais conservador, é importante destacar que os investimentos em renda fixa também estão sujeitos à riscos. Além disso, a relação risco x retorno também é aplicável. Quanto maior o risco, maior a rentabilidade do investimento, e vice-versa.
Renda Variável
A renda variável é a modalidade de investimento na qual não é possível definir qual será o rendimento da aplicação. Nessa modalidade a rentabilidade da operação pode ser positiva ou negativa num determinado espaço de tempo, por isso ela costuma apresentar maior risco.
Nesse sentido, antes de aplicar em ativos de renda variável é importante fazer uma boa avaliação dos riscos, pois podem haver períodos de ganho ou de perda.
Dentro da renda variável existem diversos tipo de mercado e ativos disponíveis para investimento, a saber:
- Fundos Multimercado – composto por ativos de renda fixa e renda variável
- Fundo de Ações – Composto por ativos da BM&FBovespa
- Ações
- ETFs (Fundos de Índices) – Geralmente acompanham algum índice da Bolsa
- COE (Certificado de Operações Estruturadas)
- Opções
- Câmbio
Cada um desses produtos possui características distintas que devem ser avaliadas antes do investimentos.
De maneira geral, como dissemos, todo investimento está sujeito à riscos, no entanto alguns podem ser mais interessantes do que outros em determinadas situações.
Os fundos de investimento, por exemplo, pode ser uma boa opção para investidores iniciantes e com pouco capital. Isso porque os fundos de investimentos contam gestão profissional, o que pode ajudar a mitigar riscos relacionados ao conhecimento dos ativos.
Além disso, eles podem uma boa opção para diversificar. Ao comprar uma cota de fundo, você passa a aplicar em todos os ativos daquele fundo, portanto, fica menos propenso aos risco de uma carteira concentrada.
Dessa maneira, antes de fazer qualquer aplicação é fundamental fazer uma avaliação do seu perfil de investidor.
Conheça seu perfil de investidor
Conhecer o seu perfil de investidor é essencial na hora de escolher quais os produtos mais indicados para você e qual deve ser o percentual de participação deles na sua carteira.
Basicamente existem três tipos de investidor:
- Conservador
- Moderado
- Arrojado
Conservador
Esse tipo de investidor tem como prioridade a segurança de suas aplicações. Nesse sentido. Nesse sentido, o mais indicado para esse perfil é manter a maior parte de sua carteira aplicada em ativos de renda fixa.
Moderado
Investidores com perfil moderado tem um grau de tolerância ao risco um pouco maior do que o primeiro grupo, ele é mais versátil e, portanto, pode equilibrar de maneira adequada suas aplicações em investimento de renda fixa e renda variável.
O mais indicado para esses investidores também é manter a maior parte de suas aplicações em renda fixa, no entanto uma parcela considerável (cerca de 20 a 40%) pode ser destinada à renda variável e multimercados.
Arrojado
Esses investidores são que mais estão dispostos a correr riscos em nome de uma maior rentabilidade. Ele entende que pode haver perdas no curto prazo, mas está disposto a se arriscar em nome de maior retorno no longo prazo.
De modo geral, a maior parte da carteira do investidor arrojado está em renda variável, vale lembrar de ter sempre ao menos 25% em renda fixa para servir como caixa e poder comprar mais ativos de renda variável em momentos de stress financeiro, assim comprando ativos baratos.
De qualquer modo, mesmo o investidor com perfil mais agressivo deve ter uma reserva de emergência para eventuais problemas, além dos demais investimentos.
Procure uma corretora
Se você se pergunta “como investir meu dinheiro” saiba que uma parte fundamental dessa resposta consiste na escolha de uma boa corretora de valores.
Escolher uma instituição segura e adequada para suas necessidades pode afetar diretamente na rentabilidade de suas aplicações.
Existem diversas corretoras de valores no mercado e cada uma dela possui características e benefícios distintos para atrair seus clientes.
Se você estiver pensando em começar com pouco dinheiro, pode ser interessante buscar por uma instituição com custos menores. Isso vai te ajudar a economizar com taxas, o que pode gerar resultados positivos.
Contudo, o preço não o único fator a ser considerado nesse momento. Na hora de escolher a sua corretora, o ideal é considerar vários fatores, como:
- Preço
- Atendimento
- Portfólio de produtos
- Ferramentas (Home Broker e outras plataformas)
- Serviços (Assessoria, materiais para aprendizagem, etc)
A XP Investimentos, por exemplo, possui serviços de assessoria personalizados e especializados para cada tipo de investidor. Além disso, a plataforma da corretora conta com uma ampla gama de materiais para te ajudar na hora de decidir onde investir seu dinheiro.
Escolha seus investimentos
A decisão de onde aplicar seu dinheiro é totalmente sua. Para fazer isso, você deve levar em consideração seus objetivos, prazos e perfil de investidor. Afinal, existem ativos mais indicados para cada cenário.
A escolha de onde investir o dinheiro pode parecer complexa, mas seguindo os passos citados acima, o trabalho pode ficar mais fácil. De qualquer modo, preparamos alguns exemplos de onde investir seu dinheiro em cenários específicos.
Conheça algumas opções de onde investir dinheiro hoje
Mesmo seguindo todas os passos ainda podem ficar algumas dúvidas sobre em quais investimentos aplicar seu dinheiro. Por isso, nós separamos algumas dicas que podem ser interessantes na hora de definir onde investir dinheiro hoje.
Investir de R$ 1 mil a R$ 50 mil
A primeira parte do dinheiro aplicado deve ser destinado para a reserva de emergência. Como dissemos, esse vai ser o dinheiro usado caso ocorra algum imprevisto como doença, desemprego, acidente, entre outras coisas.
Em alguns cenários adversos, quando não se tem disponível a reserva de emergência pode haver a necessidade de recorrer à empréstimos, como o cheque especial, por exemplo.
O problemas é que na maior parte das vezes esses produtos contam com juros muito altos, o que pode comprometer toda a saúde financeira. Por isso, a reserva de emergência é parte fundamental na hora de investir seu dinheiro.
Para sua reserva de emergência o ideal é procurar por investimentos que possuam uma boa liquidez, afinal você pode precisar do dinheiro a qualquer momento.
Portanto, se você está começando a investir agora e ainda não possui uma reserva de emergência, algumas dicas de aplicação para essa finalidade são os produtos com maior liquidez, como o Tesouro Selic, CDBs e Fundos DI.
No caso do último produto é importante que o valor da taxa de administração não seja superior a 0,5% ao ano, para não comprometer a rentabilidade do capital aplica.
Além disso, o valor destinado à reserva de emergência deve ser calculado com base nos seus gastos fixos mensais. O valor da aplicação deve ser o suficiente para cobrir cerca de 6 meses desses gastos.
Investir de R$ 50 mil a R$ 300 mil
Investidores que querem investir entre R$ 50 mil e R$ 300 mil podem pensar em outras possibilidades além da reserva de emergência. Nesse sentido, podem destinar o montante que sobrar depois de montar o fundo emergencial para outros tipos de aplicação.
Uma boa dica nesse caso, é considerar títulos com prazos maiores (até cinco anos) que garantem maior rentabilidade. Além disso, os fundos multimercado também podem ser uma boa opção de investimento.
Se você não ainda não conhece os fundos multimercado, assista ao nosso vídeo sobre o assunto e conheça os sete tipos desses fundos além de suas vantagens.
Investir R$ 300 a R$ 1 milhão
O investidor que puder investir R$ 300 mil e R$ 1 milhão tem muitas possibilidades de caminhos a seguir. O ideal nesse caso é dividir o capital entre a reserva de emergência, investimentos de médio prazo e investimentos de longo prazo.
É importante ressaltar, no entanto, que a escolha dos ativos sempre deve respeitar o prazos e perfil do investidor. De qualquer maneira, como esse tipo de investidor tem maior prazo para seu dinheiro, pode optar por investimentos com maior risco, uma vez que dispõe de tempo para recuperar eventuais perdas.
Esse investidor pode, portanto, explorar os mais diversos produtos do mercado financeiro, incluindo fundos imobiliários, fundos de ações, ações, títulos IPCA com prazos maiores do que cinco anos, entre outros.
Investir mais de R$ 1 milhão
Para quem tem mais R$ 1 milhão para investir, certamente também existem muitos caminhos que podem seguidos. Por isso preparamos um artigo especificamente sobre esse assunto. Clique no link e saiba onde investir R$ 1 milhão para alcançar seus objetivos.