Investir em renda fixa sempre foi sinônimo de tranquilidade e segurança. Principalmente em um momento de crise, a renda fixa traz excelentes oportunidades para investidores conservadores, tanto aqueles com aversão a riscos e interessados em proteger seu capital ou os que buscam construir uma carteira diversificada com investimentos em ativos menos arriscados.
Dentre todas as alternativas, investir em um fundo de renda fixa pode ser uma ótima escolha. Para esclarecer melhor, preparamos um resumo completo sobre as vantagens e desvantagens desse tipo de investimento. Conheça mais sobre essa aplicação e descubra se vale a pena investir nos fundos de renda fixa:
Fundos de Renda Fixa: Como Funcionam?
Os fundos de renda fixa são “veículos” de investimentos compostos por diversos títulos, papéis e aplicações que pagam, em períodos estabelecidos, uma remuneração pré ou pós-fixada. Ou seja, os fundos de renda fixa não são ativos. Quando você investe num fundo, você não empresta dinheiro para ele, você coloca seu capital para que uma instituição responsável faça a administração de todos os investimentos, escolhendo os ativos de renda fixa — LCI, LCA, CDB, Letras Financeiras, Tesouro Direto, Debêntures, entre outros — a serem comprados com o dinheiro dos cotistas investidores.
Existem 3 tipos diferentes de fundos de renda fixa. O primeiro, chamado apenas de fundo de renda fixa, deve ter pelo menos 80% de seu portfólio aplicado em títulos públicos ou privados. O segundo são os fundos renda fixa na modalidade “crédito livre”, que investem mais de 20% do seu capital em aplicações de crédito de médio e alto risco — como debêntures e outros papéis de dívida de empresas. E por último temos os fundos de renda fixa “Índices”, que são estruturados para indicadores de desempenho de renda fixa, como Selic e IPCA. Nesse caso, a carteira de investimento do fundo adquirirá títulos públicos ou privados que sigam tais índices de referência e contratos futuros de DI.
Vantagens dos Fundos de Renda Fixa
Gestão profissional
Optando por um fundo de renda fixa, seu dinheiro ficará sob os cuidados de um administrador especializado, auxiliado por uma equipe de profissionais altamente capacitada que saberá exatamente como e quando investir da melhor maneira. Porém, é preciso lembrar que isso não sai de graça. Os fundos “cobram” por esse tipo de gestão, por meio das taxas de administração a serem pagas pelos investidores.
Acesso a mais investimentos e rentabilidade
Utilizar fundos de renda fixa permite o acesso a produtos de investimentos mais rentáveis e sofisticados. Operando sozinho, o investidor normalmente terá poucos meios de conseguir opções mais exclusivas, muito por causa do alto valor mínimo de aplicação que elas exigem. Já o gestor do fundo administrará um montante enorme de capital, advindo de vários cotistas, conseguindo assim investir em alternativas mais rentáveis (como certas debêntures e títulos de empresas privadas), que pagam taxas de retorno mais atrativas.
Liquidez
A liquidez da aplicação também é uma vantagem atraente dos fundos de renda fixa. Em outras alternativas, como o Tesouro Direto por exemplo, o investidor precisa esperar datas preestabelecidas se quiser resgatar seus investimentos, e ainda correndo o risco de perder parte de sua rentabilidade já conquistada.
Já os resgates em fundos de renda fixa podem ser solicitados a qualquer momento, e os prazos para depósito, embora variem de fundo para fundo, não costumam ser maiores do que alguns dias. Porém, é preciso ter cuidado para não tirar o dinheiro antes de 30 dias, pois nesse caso a quantia resgatada terá a incidência regressiva do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Desvantagens dos Fundos de Renda Fixa
Custos e taxas
Os fundos cobram uma taxa de administração anualmente, acompanhada muitas vezes também de uma taxa de performance, abatida diretamente da rentabilidade obtida. Esse é um custo em que se deve ter muita atenção, pois pode comprometer diretamente os rendimentos conseguidos e fazer o investidor ganhar menos dinheiro.
O valor mais adequado para taxas de administração em fundos de renda fixa deve ser de, no máximo, algo em torno de 1% ao ano. Na hora de avaliar os fundos, lembre-se de analisar qual é a rentabilidade líquida dos mesmos, ou seja, quando ele rende já descontando a taxa de administração cobrada.
Tributação
Os fundos de investimentos têm uma forma de tributação bem característica chamada de come-cotas. Elas incidem sobre o capital investido a cada seis meses (normalmente em maio e novembro) já descontando diretamente do fundo o imposto sobre os rendimentos do período, a uma alíquota de 15%. O imposto come-cotas funciona “reduzindo” pouco a pouco as cotas do investidor no fundo, interferindo assim na rentabilidade do mesmo. Além disso, no momento do resgate de capital, poderá existir a cobrança de um adicional, caso o imposto de renda do investimento se enquadre esteja em outra faixa de tributação.
Ausência de Garantia
Diferentemente de outros papéis em renda fixa, o dinheiro aplicado em fundos de investimento não possuem a garantia do FGC – Fundo Garantidor de Crédtios. Isso acontece porque os fundos não são um investimento em si, mas sim uma “cesta” com vários diferentes investimentos de origens diversas. Porém a falta de cobertura pelo FGC pode não significar tanto assim, pois em caso de problemas o patrimônio do fundo estará em separado.
Mesmo que o gestor venha à falência, os recursos dos investidores ficarão sob os cuidados do custodiante, sem se misturar. Em caso de quebra de alguma dessas instituições, os recursos também podem ser transferidos para outro banco administrador, e as operações podem continuar normalmente.
Vale a pena ou não investir em Fundos de Renda Fixa?
Aplicar em um fundo pode ser uma ótima opção para investidores que ainda não sabem operar em renda fixa, tendo em vista a existência de um administrador especializado cuidando do fundo para que ele tenha sempre a melhor rentabilidade possível. O gestor procurará vários tipos de aplicações, distribuindo os ovos em várias cestas para conseguir diversificação — coisa que provavelmente você não conseguiria fazer isso sozinho, pelos altos custos envolvidos e por talvez não ter o volume de dinheiro suficiente para isso. Logo, se acontecer algo errado com investimentos no fundo, outras aplicações podem compensar essa perda. Mas é preciso ter cuidado e escolher um gestor com um bom histórico, além de tentar encontrar um produto com taxa de administração razoável.
Para quem já investe em outros ativos e busca apenas diversificação de seu portfólio, fundos de renda fixa também podem ser uma excelente alternativa, principalmente aqueles atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou a índices de inflação, que protegem o valor do capital investido e trazem segurança à sua carteira. Com os atuais níveis elevados dos juros, os ativos de renda fixa estão com uma taxa de retorno bastante interessante. Porém, o investidor precisa avaliar bem a taxa de administração do fundo antes de aplicar seu capital nele para não perder ou comprometer seus ganhos futuros.
Após esse artigo ficou fácil entender como funcionam os fundos de renda fixa, não é? Você ainda tem alguma dúvida? Gostaria de compartilhar alguma informação? Deixe aqui nos comentários e participe!
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