Sabemos que o hábito de investir em imóveis é muito comum no Brasil, contudo, isso não se repete com Fundos Imobiliários ou FIIs, onde o número de investidores ainda é muito baixo.
Esse baixo número de investidores se deve, provavelmente, devido à falta de conhecimento que as pessoas têm em relação à esta prática.
Frequentemente recebemos perguntas dos nossos leitores sobre o porquê de investir em Fundos Imobiliários e quais seriam os benefícios desta forma de investimento se comparada às outras.
Visto isso, explicaremos os motivos que tornam os Fundos Imobiliários um instrumento do mercado de capitais muito atrativo para quem foca em uma estratégia de dividendos no longo prazo.
O que são Fundos Imobiliário (FII)?
O Fundo Imobiliário (FII) é caracterizado pela reunião de investidores que formam uma sociedade com o objetivo de comprar ou construir algum tipo específico de imóvel. Logo, ao investir em fundos imobiliários você se torna proprietário de pequena parte de um ou de vários imóveis que compõem aquele fundo.
Ao adquirir uma cota de um FII você concordará em ceder a administração do prédio para um gestor profissional que tomará todas as medidas administrativas e de manutenção do edifício em nome dos cotistas do fundo. Esse gestor será remunerado com uma taxa que será descontada dos rendimentos do fundo imobiliário, FII.
Basicamente, Fundos Imobiliários são fundos de investimento de condomínio fechado, geridos por um administrador cujo objetivo é investir em ativos imobiliários como shoppings, galpões, imóveis residenciais, imóveis de varejo, lajes corporativas, entre outros, e que pode, também, investir em ativos de dívida imobiliária como LCI e CRI.
Ou seja, os investidores aportam os recursos no fundo e o fundo, administrado pelo gestor, investe em ativos imobiliários para obter os rendimentos proporcionados pelo ativo, através de aluguel, comercialização, etc.
Porque Investir em Fundos Imobiliários
Culturalmente, o brasileiro adora investir em imóveis e o primeiro problema enfrentado (principalmente pelo pequeno investidor) é o alto investimento inicial de um imóvel.
Pouco importa se você vai construir, comprar na planta ou um imóvel pronto. Muitas pessoas podem levar anos para conseguir ter um imóvel como investimento ou como fonte de renda.
Na hora de gerar renda vem o próximo problema que é arranjar um bom locatário, ou para quem pensa em comprar e vender, conseguir um comprador para o imóvel.
Sem esquecer da burocracia envolvida para registrar o imóvel, transferir ou ainda dos impostos envolvidos com a propriedade, entre várias outras coisas. Estes problemas são todos resolvidos investindo em Fundos Imobiliários.
Com os FII’s o investidor não precisa ter muito dinheiro para investir e lucrar com imóveis, graças a criação dos investimentos chamados Fundos de Investimentos Imobiliários ou FIIs, hoje você pode ser sócio de um imóvel com apenas R$ 20,00.
Como funcionam os Fundos Imobiliários?
A maioria dos fundos dessa natureza tem como objetivo comprar imóveis comerciais com bom potencial e conseguir renda por meio da locação.
Além disso, também conseguir lucro com a valorização do bem em si. Por isso é raro que fundos comprem imóveis já sobrevalorizados.
A maneira de aplicar em fundos de investimento imobiliário é bem parecida com a compra de ações, já que esse tipo de fundo tem suas cotas negociadas na Bolsa de Valores brasileira, a B3.
Além disso, é possível adquirir as cotas de fundos imobiliários durante as chamadas ofertas públicas ou negociando com outros investidores no chamado mercado secundário – essa operação pode ser feita por plataformas de negociação online disponibilizadas por corretoras de valores (home broker).
Assim, você precisa abrir a conta em um corretora, transferir seu dinheiro e por meio do Home Broker fazer a compra dos fundos que quiser, que seria o processo “tradicional”.
Uma vez que você investiu seu dinheiro, em alguns dias começa a contar o prazo para o pagamento dos “dividendos”, oriundos das rendas geradas pelos imóveis do fundo.
Esse dinheiro será creditado mensalmente em sua conta na corretora (e é isento de Imposto de Renda).
Veja esta imagem que explica bem como funciona:

Viu só como é simples?
Quais são os Fundos Imobiliários Listados em Bolsa?
Atualmente existem cerca de 140 FIIs listados, contudo, existem cerca de 80 a 90 ativos que realizam negócios com frequência no secundário. Você pode ver a lista completa aqui
O número de investidores é crescente em relação ao ano passado, porém continua bem baixo, há cerca de 97 mil CPFs ativos, o que representa um número bem menor do que o total da Bolsa de Valores.
Podemos observar na tabela abaixo os fundos mais negociados neste ano, com base no último levantamento realizado pela B3, em junho:

Quais são os rendimentos de fundos imobiliários?
Por falar em rendimento, existem três formas básicas de obter rendimentos com os Fundos Imobiliários. Veja!
- Dividendos mensais: depósitos do rateio de todos os aluguéis recebidos pelo administrador dos imóveis, já descontados os custos de administração e de conservação do imóvel.
- Valorização das cotas: ocorre quando os imóveis são melhor avaliados ou as cotas de participação do fundo são mais procuradas. Nesse caso, você precisará esperar um momento em que o mercado pague o valor investido na aquisição da cota mais um percentual para ter lucro na operação. É bem semelhante ao que ocorre com as ações de empresas: quanto menor o preço pago na compra e maior o preço da venda, melhor será a sua rentabilidade.
- Dissolução do fundo: é a forma mais incomum de ganho, já que ela significa que os imóveis foram vendidos e seus valores distribuídos proporcionalmente para cada cotista.
Por fim, existe também um tipo de FII que investe em títulos. Ou seja, seus administradores compram várias cotas de outros Fundos de Investimento Imobiliários e investem em LCI ou CRI para compor a sua carteira e aumentar a rentabilidade. Nesse caso, você terá os mesmos 3 tipos de rentabilidade já citados.
Quais são os tipos de fundos imobiliários?

Como já mencionei acima, podemos encontrar vários tipos de fundos, por exemplo, fundos que fazem aquisição de escritórios, agencias bancárias, faculdades, hospitais e outro tipos de imóveis.
Vale a pena avaliar o tipo de fundo que estamos comprando, afinal um fundo que possui um prédio de escritórios, pode sofrer mais com vacância que um fundo que alugue para uma agência bancária (que normalmente tem contratos de aluguéis de 20 ou 30 anos).
Por outro lado, os aluguéis de agências costumam ser menores, em termos de R$ por metro quadrado que um prédio de escritórios.
Segue a lista do tipo de fundos que podemos encontrar no mercado, essa lista pode aumentar com o tempo, mas aqui temos os principais tipos.
- Fundos Imobiliários que investem em lajes corporativas.
- Fundos Imobiliários que investem em Hospitais
- Fundos Imobiliários que investem em Instituições Educacionais
- Fundos Imobiliários que investem em Agencias Bancárias
- Fundo Imobiliários que investem em letras de credito imobiliários (CRI, LCI)
- Fundos Imobiliários que investem em outros Fundos Imobiliários
- Fundos Imobiliários que investem em hotéis
- Fundos Imobiliários que investem em Shoppings
Em um próximo artigo vou falar mais profundamente sobre estes diversos tipos.
Quais são os Fundos Imobiliários Mais Rentáveis?
Quais são as Vantagens de investir em Fundos Imobiliários?
A valorização das cotas é um dos principais pontos positivos dos fundos de investimento imobiliário. Na prática, você pode ganhar dinheiro vendendo suas cotas por um preço maior que o de compra, assim como ocorre na negociação de ações de empresas.
Ao comprar cotas de um fundo de investimento imobiliário, outra vantagem é receber rendimentos mensalmente, como nos aluguéis de imóveis. No caso do fundo, 95% do lucro líquido auferido são distribuídos aos cotistas.
Além disso, a aplicação em fundos imobiliários é prática e rápida, também muito parecida com o processo de compra a venda de ações, e costuma ser acessível, o que favorece a entrada de pequenos investidores nesse mercado.
Vamos as 7 vantagens dos fundos imobiliários. Conheça algumas delas:
1 – Isenção fiscal
Os rendimentos mensais para investidores pessoas físicas estão livres do pagamento de imposto. O que muitos investidores não sabem é que essa regra só é válida sob uma série de condições.
Para ser isento, o investidor deve ter menos de 10% do total das cotas de um único fundo. Ou seja: a isenção só vale se ele tiver no máximo 9,99% de um fundo. Caso esse limite seja superado, o imposto que incide é de 20% sobre o total aplicado, e não apenas sobre o percentual excedente.
Existem outras duas condições para isentar o investidor pessoa física. A primeira é que o fundo no qual ele aplica tenha, no mínimo, 50 cotistas. Além disso, o produto deve ser listado em bolsa ou em balcão organizado. A maior parte dos fundos de investimentos imobiliários existentes no Brasil hoje cumprem essas condições.
Também é importante lembrar que essa isenção é válida apenas para os rendimentos periódicos do fundo. Quando chega o momento de se desfazer da cota, o investidor está sujeito a um desconto de 20% de imposto sobre o ganho de capital.
2 – Acessibilidade
Qual seria a chance de um pequeno investidor comprar uma fatia em um grande shopping center? Sem o intermédio de um fundo imobiliário, quase zero. Por meio dos fundos, porém, é possível investir não só em shoppings, mas também em ativos como hospitais, hotéis e torres comerciais.
3 – Aplicação mínima é baixa
Com a alta dos preços no mercado imobiliário, comprar um bom apartamento por menos de 100.000 reais nas grandes cidades brasileiras é missão quase impossível. Já nos fundos imobiliários, existem produtos com cotas que custam menos de 2 reais.
Vale lembrar que para muitos produtos existe um mínimo de cotas para a compra. Ainda assim, as aplicações mínimas são mais baixas que o valor de um apartamento.
4 – Custos baixos
Compradores e vendedores devem observar uma série de burocracias ao negociar um imóvel. Escritura e taxa de corretagem são alguns exemplos do que pode encarecer (e complicar) o processo. Com as cotas de fundos, tais gastos desaparecem.
O investidor deve se preocupar apenas com as taxas de administração do fundo, que são mais em conta do que os valores envolvidos nas negociações diretas com imóveis.
5 – Diversificação
Embora a maior parte dos fundos seja dedicada para um tipo de ativo imobiliário específico, alguns produtos já trazem carteira diversificada. Com a mistura de imóveis num mesmo portfólio, o risco diminui. Afinal, um hospital, por exemplo, está sujeito a riscos diferentes dos de um shopping. Por isso, se há crise em um setor, o outro pode compensar e evitar perdas.
6 – Ganho de escala
Quem compra um apartamento tem alguns recursos disponíveis para tentar conseguir descontos. Pagar o imóvel à vista ou dar uma parcela alta de entrada são algumas opções. Mas o abatimento tem sempre um limite.
Quando um fundo de investimentos negocia, porém, são comprados muito mais que apenas um apartamento. A lógica é a mesma que a das compras no atacado e traz poder de barganha para os gestores de fundos, que conseguem melhores negócios.
7 – Gestão profissional
Qual é a melhor região da cidade para investir em um imóvel? E quando é o melhor momento para vender e obter lucros? Pensar no que é mais ou menos vantajoso na compra direta de um imóvel pode ser difícil.
No fundo de investimento, tais decisões são tomadas por gestores que estudam de perto o mercado imobiliário e têm recursos para capturar com mais facilidade as oportunidades. É claro que nenhum investimento de renda variável é à prova de prejuízos, mas a gestão profissional diminuiu bastante os riscos.
Desvantagens
Um dos pontos negativos dos FIIs é que não é possível fazer o resgate do valor aplicado na aquisição das cotas antes de um prazo específico determinado pelo próprio Fundo, a não ser vendendo-as na Bolsa de Valores.
Há também os perigos e riscos inerentes ao próprio mercado imobiliário. Entenderemos mais sobre esse assunto a seguir, quando falaremos sobre a aplicação nesse tipo de negócio.
Qual a diferença entre comprar imóveis e investir em Fundos Imobiliários?

Portanto, os tipos de investimentos imobiliários podem ser conservadores ou arrojados. Essa é a grande diferença entre comprar ou investir no imóvel.
Comprar um imóvel para viver da renda do seu aluguel, por exemplo, é uma atitude mais arrojada do que um Fundo Imobiliário. Os fundos tem menores riscos e consequentemente são mais conservadores.
No entanto, a intensão de um fundo de investimento é “fazer as coisas darem certo”. Por isso possuem gestores, custodiantes, administradores e auditores.
Esses profissionais são responsáveis por analisar cada detalhe de um fundo, no intuito de que ele seja lucrativo e perfeitamente adequado a você.
Por isso não há como de fato comparar a compra de um imóvel com um fundo imobiliário. A não ser que seja uma análise dos riscos entre eles.
É mais seguro investir em Fundos Imobiliários!
Justamente por essa análise de riscos, é preferível investir ao invés de comprar imóveis.
Voltando para a comparação então, o aluguel geralmente acompanha as alterações da inflação.
Além disso, para aquisição de imóveis é necessário ter um capital alto para sua compra a vista. Se não, terá de recorrer a um financiamento, que é uma desvantagem para esse propósito.
Assim como a necessidade de manutenção desse imóvel, cobranças de taxas da imobiliária, pouca liquidez para venda e outros motivos. São burocracias que dificultam um ganho maior de rendimentos sobre esse imóvel e aumentam o risco de vacância dele.
Já o fundo imobiliário é uma modalidade para investimentos de grandes empreendimentos como shoppings centers e condomínios de edifícios.
Ele também pode te fornecer um “aluguel” muito rentável e que só depende da quantidade de cotas que você adquire junto com outros cotistas – que são os investidores desse fundo de investimento.
Vale a pena seguir uma carteira recomendada de Fundos Imobiliários?

Em geral um fundo imobiliário interessante e bom é aquele que tem um imóvel que possui uma vacância histórica baixa, que tenha um preço competitivo, bem localizado, e algum diferencial (estacionamento, padrão construtivo, tecnologias, facilidade de acesso, etc).
Porém, apenas ser um bom prédio não garante o sucesso do investidor, e é importante o investidor analisar o valor das cotas, verificar o valor do m² no preço atual da cota, os valores dos aluguéis praticados e o dividend yield do fundo.
É recomendado ao investidor ter cautela ao comprar um fundo que tenha se valorizado muito recentemente e esteja com um valuation pouco atrativo e baixo dividend yield, pois por melhor que seja o imóvel, o retorno pode acabar sendo pífio e as cotações acabarem caindo de forma relevante.
Portanto, uma boa alternativa para quem quer investir em fundos imobiliários e não tem tempo e nem conhecimento profundo para analisar fundos imobiliários é seguir uma carteira recomendada de fundos imobiliários.
O que é uma carteira recomendada?
A carteira recomendada foi criada por corretoras e empresas de análise independente para facilitar o acesso de investidores a títulos com potencial de valorização. Elas visam informar quais empresas devem ter uma melhor performance dentro de determinado prazo ou em algumas condições políticas, econômicas ou operacionais.
Quase sempre a carteira recomendada é acompanhada de um relatório, no qual os analistas informam as razões para indicar um fundo imobiliário, qual o preço justo, qual participação dela naquele portfólio e como o fundo imobiiliário deve performar.
Resumidamente, a carteira recomendada ajuda o investidor a entender a análise feita por profissionais, avaliar se a análise tem fundamentos e se ele concorda com os analistas, além de ajudar a aplicar seu capital com estratégias diversificadas e riscos mais conhecidos.
Onde encontrar as carteiras recomendadas de fundos imobiliários?
Existem 3 tipos de recomendações: a das corretoras, a dos analistas independentes e a dos assessores de investimento.
As corretoras:
Ao oferecer uma ou várias carteiras recomendadas, as corretoras favorecem que seus clientes realizem mais operações em seus Home Brokers e mantenham mais investimentos sob sua custódia.
No fundo é uma relação benéfica para todos: o investidor recebe recomendações, fica mais seguro sobre suas estratégias e segue as indicações que estiverem de acordo com seus objetivos; já a corretora ganha com taxa de corretagem e de custódia.
Analistas independentes
Existem empresas e profissionais especializados em analisar o mercado e fazer recomendações a seus clientes. Eles são considerados analistas independentes, pois não possuem vínculos com outras instituições, nem possuem interesses em fazer o cliente movimentar mais a sua conta.
A diferença entre estes analistas e os ligados a corretoras é que quanto mais seus clientes obtiverem bons resultados, mais relatórios ou serviços são vendidos. Ou seja, sua fonte de renda vem das análises e não das operações realizadas pelos clientes.
Assessores de investimento
Os assessores de investimento prestam um serviço personalizado visando indicar a carteira com a melhor estratégia baseada no perfil do investidor.
Sua grande vantagem é alinhar as recomendações com os objetivos pessoais de cada cliente.
Logo, as carteiras recomendadas podem ser encontradas na área de assinantes de empresas de análise independente, na área de clientes das corretoras ou em reuniões e troca de e-mails com os assessores de investimento. Também são encontrados na internet em sites como o Infomoney ou Valor Econômico.
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Quais sãos os principais tipos de carteira recomendada de Fundos Imobiliários?
Carteira Recomendada FII – Renda
Este tipo de carteira recomendada tem como objetivo selecionar os fundos imobiliários com histórico de dividend yield (renda gerada por dividendos) consistente ou que, na visão do gestor, apresentem essas perspectivas de longo prazo, podemos dizer que a carteira recomendada de renda é para investir em fundos imobiliários que mais pagam dividendos.
Carteira Recomendada FII – Valor
Este tipo de carteira recomendada tem como objetivo selecionar os fundos imobiliários cujo valor negociado no mercado esteja abaixo do “preço justo” estimado (estratégia valor) e/ou aqueles com histórico e/ou perspectiva de continuar com forte crescimento receitas e fluxos de caixa em relação ao mercado (estratégia de crescimento).
Já neste tipo de carteira recomendada a intenção é gerar “alpha” ou retorno de longo prazo com os fundos imobiliários mais rentáveis.
Como escolher os melhores Fundos Imobiliários?

Antes de olhar para o mercado, é preciso olhar para si mesmo. Esse tem sido um tema recorrente em nossos textos, dada sua importância. Então, mais importante do que o momento do mercado, é o seu momento.
Veja se é o momento da sua vida para investir, se é um dinheiro que não teria outra finalidade ou que você possa precisar dele em pouco tempo.
Lembrando que mesmo os FIIs mais rentáveis estão sujeitos à volatilidade, então se este é um dinheiro que você pode precisar, você não está em um bom momento.
Veja também se esse é um dinheiro que, numa eventual perda, não prejudicaria a saúde financeira da sua família.
Feito isso, aí sim você pode partir para a parte mais “pragmática” da coisa:
1. Informe-se sobre o setor
Veja se é um bom momento para investir no mercado imobiliário. Uma crise como a que está presente no Brasil, pode ser ou não um bom momento. Por isso se informe;
2. Olhe para os momentos particulares dos fundos
Entenda a análises de cada fundo e o momento pelo qual ele passar através dos relatórios mensais gerador por cada gestor de fundos imobiliários;
3. É importante ver se o preço do fundo está de acordo com o esperado
Isso quer dizer que os fundos podem estar “caros” ou “baratos” e, em ambos os casos, pode significar oportunidade ou problema.
Para tal, basta dividir o valor do patrimônio total do fundo pelo número de cotas. Se o valor resultando estiver abaixo do que está sendo negociado na Bolsa, significa que está “caro”, e aí você precisa entender o motivo.
Por outro lado, se for o contrário, está “barato”, e a mesma lógica se aplica. Um fundo “caro” nem sempre é um mau negócio, pois sempre há um motivo para os investidores entrarem mesmo acima do preço, que pode ser boa liquidez ou até boa rentabilidade.
E um fundo “barato” também não significa, necessariamente, bom negócio. Por isso a informação é seu bem mais precioso nesse momento, que ainda não investiu;
4. Por fim, verificar quem são os gestores, a empresa que está por traz do fundo, o histórico, são outras informações fundamentais para separar fundos bons e ruins.
Dicas Práticas de Como escolher Fundos Imobiliários
Como ver a cotação de fundos imobiliários?
Ver a cotação de fundos imobiliários em sua grande maioria é feita apenas para clientes das corretoras de valores no brasil, porém para te alegrar eu vou te ajudar a ver as cotações dos fundos imobiliários, sem nem precisar tem uma conta numa corretora.
Basta acessar este site: TradingView

Existem Fundos Imobiliários que investem no exterior?

Sim, você pode ser dono do Empire State Building
Investir em imóveis é uma das formas mais tradicionais de investimento. No exterior isso não é diferente. Basicamente, é possível acessar o mercado imobiliário internacional de três formas:
- Compra direta de imóveis.
- Comprar ações de construtoras ou de empresas de incorporação imobiliária.
- REITs.
Destes, o mais simples e acessível são os REITs, os fundos imobiliários internacionais. Do Carrousel du Louvre aos ícones londrinos Leandenhall Building e 20 Fenchurch Street, passando pelo Guangzhou International Finance Centre, basicamente o 13º prédio mais alto do mundo, até o inigualável Empire State Building em Nova Iorque. Através dos REITs é possível ser dono de prédios fantásticos e exclusivos como esses com apenas alguns cliques.
REITs: a forma mais prática de investir em imóveis no exterior
Os REITs (Real Estate Investment Trusts) são empresas que adquirem, desenvolvem, possuem ou gerenciam imóveis, visando ganhar tanto na valorização dos mesmos, quanto no recebimento de aluguéis.
Foram criados na década de 60 para permitir que pequenos investidores tivessem a oportunidade de, em conjunto, investir em grandes propriedades comerciais. Os REITs possuem legislação específica que os distinguem das outras empresas. O fator mais importante é que eles não são tributados a nível corporativo. O lucro é transferido diretamente para os cotistas, que, aí sim, têm os impostos descontados.
Mas este tópico ficará para outro artigo.
Como declarar fundos imobiliários no imposto de renda?
A declaração dos ativos mobiliários, os rendimentos provenientes dos mesmos, bem como eventuais ganhos de capital são obrigatórios para todos os investidores, independente se tais ganhos forem isentos de imposto de renda.
Vamos abordar alguns detalhes que envolvem operações com fundos imobiliários para que o investidor não deixe de fazer uma boa opção de investimento e também não incorra em inconsistências com a Receita Federal.
Declare suas Cotas de Fundos de Investimentos Imobiliários – FII
Na ficha “Bens e Direitos” clicar o botão “Novo” para incluir uma nova posição ou “Editar” para modificar uma posição já lançada.
Código: Selecionar a opção “73 – Fundo de Investimento Imobiliário”
Localização (País): Selecionar a opção “105 – Brasil”
Discriminação: especificar a (i) quantidade de cotas; (ii) o nome do Fundo e CNPJ; (iii) adicionalmente pode-se especificar a corretora utilizada para a compra.
Situação em 31/12/2015: Se o fundo foi adquirido no ano de 2016 então este campo deve ser mantido zerado, se o fundo foi adquirido em anos anteriores a 2016 então o valor do campo deve ser preenchido a partir da declaração anterior.
Situação em 31/12/2016: Preencher com o valor de compra de todas as cotas especificadas. Se foram realizadas mais de uma compra, some o valor das compras. Assim como em Ações o investidor pode também acrescentar as despesas das operações de compra no valor total.

Como fazer a Declaração dos Rendimentos dos Fundos Imobiliários?
Como forma de incentivar o mercado de FIIs, o governo isenta investidores pessoa física de pagarem imposto de renda sobre os rendimentos dos ativos (distribuições de aluguéis). Portanto devem ser declarados como Rendimentos Isentos e Não Tributáveis.
Considerações: (i) as pessoas físicas que terão direito à isenção não poderão possuir 10% ou mais das cotas do Fundo (ii) o fundo deverá ter no mínimo 50 cotistas e ter suas cotas exclusivamente negociadas em Bolsa ou mercado de balcão organizado.
No programa para preenchimento da declaração devem ser executados os seguintes passos:
Selecionar a ficha de declaração “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”
Na ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis” selecionar a opção “26 – Outros” (não existe uma opção específica para este tipo de rendimento)

- Nestas janelas o investidor deve especificar os seguintes campos (todos obrigatórios):
- Tipo de beneficiário (Escolher entre Titular e Dependente de acordo com o possuidor da ação)
- Beneficiário (não necessita selecionar esta opção pois a mesma é automática)
- CNPJ da Fonte Pagadora (Especificar de acordo com o informe de rendimentos)
- Nome da Fonte Pagadora (Especificar de acordo com o informe de rendimentos)
- Valor (Especificar de acordo com o informe de rendimentos)
Como fazer a Declaração do Ganho de Capital (Lucros) com venda de cotas de FIIs?
As Cotas de FII’s possuem regras próprias (e diferentes) de tributação sobre o ganho de capital com a venda dos títulos.
Algumas características são comuns em relação à apuração de lucro de ambas:
- Deve ser calculado o preço médio incluindo os custos operacionais;
- Caso o Investidor já possua aquelas ações ou cotas, deve ser calculado o novo preço médio ponderado por cota/ações;
- O Imposto de Renda sobre ganho de capital só é devido quando as cotas e ações são vendidas com lucro;
- Todas as vendas de ações e cotas de FIIs têm IR retido na fonte à alíquota de 0,005% para operações comuns e 1% para operações day trade. É o chamado “dedo-duro”, que serve para alertar o Leão que foi feita uma operação tributada. Portanto não se esqueça que a Receita Federal tem memória, basta ela querer acessá-las para verificar suas operações.
Observação importante: Em ambos os casos existe a necessidade de uma organização mínima e controle sobre sua carteira de ações e cotas de FIIs.
As corretoras de valores mantêm registros das operações realizadas pelo cliente. As notas de corretagem são os documentos que apontam os dados necessários para a correta declaração dos investimentos em Ações e Cotas de FIIs. Portanto mesmo que você não mantenha os registros em planilhas, não há motivos para desespero. Todas as informações necessárias estão registradas nas notas de corretagem.
Exemplos de Notas de Corretagem:

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