Onde e como investir 1 milhão de reais? Essa é uma pergunta comum que ouvimos nas rodas de conversas com os amigos, enquanto sonhamos em juntar o primeiro milhão.
Mas você sabe a resposta para a pergunta: onde investir um milhão de reais? Inicialmente parece uma perguntas simples com resposta intuitiva. Certamente todo mundo que já se fez o ouviu essa pergunta já pensou em diversas coisas para fazer com esse dinheiro.
No entanto, se esse for o caso, a aplicação deve ser tratada com bastante cautela, ao contrário do muitas vezes falamos nos momentos de descontração. Além disso, o mesmo cuidado também é válido para investimentos menores de R$ 10 mil, R$ 30 mil, R$ 50 mil, R$ 100 mil, R$ 300 mil, enfim.
Por isso vamos falar neste artigo sobre alguns passos que devem ser seguidos na hora de aplicar seu dinheiro para que o investimento seja realizado de maneira eficiente e segura.
Defina e documente e seus objetivos e prazos financeiros
O primeiro passo na hora de decidir onde investir R$ 1 milhão ou qualquer outra quantia é definir e documentar quais são seus objetivos e prazos financeiros.
Para isso, primeiramente você deve responder a seguinte pergunta: “qual a importância do dinheiro para você?”. A partir da resposta para essa questão será possível delinear qual a sua relação com o dinheiro
Muitas pessoas enxergam o dinheiro como fonte de segurança, outras de liberdade e algumas até de felicidade. Nesse sentido, reconhecer quais são seus desejos e medos será crucial para definir quais são seus objetivos.
Uma vez que compreender qual a sua relação com dinheiro está na hora de definir quais são os objetivos e documentá-los.
Os objetivos podem variar muito de pessoa para pessoa e podem ser simples, como fazer uma viagem, comprar um carro, ou mais complexos, como alcançar tão almejada independência financeira.
De qualquer maneira, os objetivos devem vir sempre acompanhados de um prazo e do custo necessário para alcançá-lo.
- Objetivos de curto prazo: até 2 ano
- Objetivos de médio prazo: entre 2 e 5 anos
- Objetivos de longo prazo: acima de 5 anos
Ainda em relação aos prazos, pode ser interessante definir metas com prazos menores, afinal é mais fácil fazer uma projeção do que vai acontecer daqui a um ano, do que projetar um cenário para daqui a 10 anos.
Portanto, se seu objetivo é de longo prazo, tente desmembrá-lo em outros pequenos objetivos de prazo menor.
Além disso, é importante definir o custo do objetivo. Por exemplo, se o objetivo é fazer uma viagem de volta ao mundo em 2025, defina uma valor necessário para isso ( R$ 50 mil, por exemplo)
Tudo isso deve ser devidamente documentado. Você pode usar papel e caneta, aplicativos de celular, planilhas do excel, o que for mais confortável para você. O importante é anotar tudo que for essencial e guardar esses dados para as próximas etapas.
Conheça seu perfil de investidor
Assim que definir quais são objetivos, vai começar o processo para escolher onde investir R$ 1 milhão. Para isso, é importante saber qual é o seu perfil de investidor.
Esse passo vai te ajudar entender quais produtos mais se adequam aos seus objetivos, grau de tolerância ao risco, prazos, entre outras especificidades.
Basicamente existem três perfis de investidor:
- Conservador
- Moderado
- Arrojado
Conservador
Pessoas com esse perfil tendem a valorizar em primeiro lugar a segurança. Eles preferem evitar surpresas em seus investimentos, por isso tendem a optar por opções mais seguros em detrimento à opções mais rentáveis com maior risco.
Para esses investidores o mais indicado é manter maior parte de suas aplicações em investimentos conservadores como títulos pós-fixados e CDBs.
Moderado
Esse perfil de investidor tem maior tolerância ao risco, por isso, está disposto a abrir mão de parte de sua segurança em nome de uma maior rentabilidade.
Nesse sentido, para pessoas com perfil de investidor moderado, pode ser interessante montar uma carteira mesclada, composta majoritariamente por ativos de risco moderado ou conservador como fundos imobiliários, fundos multimercados, títulos pós-fixados e CDBs. Porém com uma participação considerável (10 a 20% mais ou menos) de ativos mais arriscados como ações e/ou fundos de ações.
Arrojado
Os investidores arrojados são aqueles que estão dispostos a correr mais risco em nome de uma maior rentabilidade.
Para esses investidores é recomendado montar uma carteira majoritariamente (entre 60% e 80%) comporta por investimentos com maior maior grau de risco, como a Bolsa de Valores e fundos de investimento multimercado que buscam superar o Ibovespa ou em larga escala o CDI.
Defina uma estratégia
O próximo passo para investir seu dinheiro é definir qual será a estratégia de investimento. Para fazer isso, você deve considerar seus objetivos e perfil e o investidor.
Esse passo é muito importante para conseguir organizar os investimentos por objetivos ou por perfil.
Além disso a estratégia é essencial na hora de escolher quais ativos vão compor a carteira de investimento e diversificar o portfólio de aplicações aumentando o nível de segurança das aplicações.
Faça uma Reserva de Emergência
Ter uma reserva de emergência é essencial para evitar problemas financeiros. Esse é o dinheiro que será usado em situações adversas como doença, perda do emprego, acidentes, entre outras situações imprevistas .
De modo geral, a reserva de emergência deve ser o suficiente para cobrir cerca de seis a 24 meses os custos fixos mensais de uma pessoa. Portanto, se você tem gastos de R$ 10.000 por mês, a sua reserva deve ter entre R$ 60 mil e R$ 240 mil.
Esse valor, no entanto, deve ser definido de acordo com com características pessoais, como nível de gastos e estabilidade no trabalho, por exemplo.
O dinheiro da reserva de emergência deve ficar aplicado em produtos com um bom nível de liquidez, como Tesouro Selic ou CDB a 100% do CDI com liquidez diária.
Para saber um pouco mais sobre reserva financeira e como montar a sua, assista ao vídeo que preparamos sobre o tema.
Monte sua carteira de investimento
Depois de conhecer seu perfil de investidor e definir sua estratégia, escolher onde investir R$ 1 milhão ou mesmo outras quantias, vai se tornar uma tarefa mais simples.
Porém, alguns pontos devem ser levados em consideração nesse momento. Quem está iniciando a trajetória no mundo dos investimentos e tem objetivos no curto prazo, deve manter o foco em ativos de renda fixa, como Títulos do Tesouro, CDBs, LCIs, LCAs, etc.
Nesse caso, é preciso levar em consideração a liquidez e também o tempo de carência de cada investimento.
Para quem tem objetivos de médio prazo, a dica pode ser arriscar um pouco mais. Nesse sentido, a carteira pode conter ativos de renda variável, além de ativos de renda fixa, que devem compor maior parte dos investimentos.
Por fim, os investidores que perseguem objetivos de longo prazo têm a possibilidade de formar uma carteira muito mais diversificada, pois pode recuperar possíveis perdas e arriscar mais.
Neste caso, além dos produtos de renda fixa com prazos maiores, que podem ser mais rentáveis, ainda é possível considerar outras opções, como ações de empresas.
Contudo, independentemente do prazo, antes de escolher os ativos que vão compor sua carteira, o investidor deve estudar bastante sobre cada produtos e sempre levar em consideração seu perfil de investidor.
Além disso, uma carteira deve ser sempre diversificada para diluir riscos.
Invista
Essa parte pode ser a mais fácil de todas as etapas do investimento. Depois de selecionar seus ativos, está na hora de executar seus investimentos.
Lembre-se sempre de manter uma planilha atualizada com dados do investimento e os seus respectivos preços. Além disso, salve todas as notas das suas negociações.
Essas medidas vão facilitar os próximos passos de acompanhamento e revisão dos resultados dos investimentos.
Não acompanhe o mercado diariamente
Evite acompanhar o mercado incessantemente. Muitas vezes ficamos muitos ligados às informações que mudam o tempo o todo e isso pode interferir na nossas tomadas decisões.
Por isso evite passar demasiado tempo acompanhando notícias do mercado e cotação de seus ativos.
Acompanhe o progresso do seu plano financeiro e faça mudanças quando for necessário
Faça avaliações periódicas sobre seu planejamento financeiro e de investimentos. Se tudo estiver correndo bem, é só dar continuidade ao processo. Porém, em alguns casos pode ser necessário fazer mudanças em decorrência de variações nos investimentos, na renda, nos objetivos, entre outras coisas.
Avalie a necessidade contratar um profissional para auxiliá-lo na sua jornada
Se você não conseguir ou não quiser definir sozinho onde investir R$ 1 milhão ou se seus projetos não correram da maneira como esperada, uma boa saída pode ser contratar uma profissional para te auxiliar nessa jornada.
Em muitos casos você pode contar essa ajuda profissional na própria corretora onde aplica seu capital.
A XP Investimentos, por exemplo, oferece quatro modalidades de assessorias personalizadas que podem te ajudar a entender seus objetivos e definir quais as melhores aplicações para você.