Onde Investir com a Queda da Selic?
A Taxa Selic está no menor patamar histórico – de 14,25% ao ano em 2016 para 6,50% atualmente, e com possibilidade queda se a economia não começar a retomar sua atividade. Mas não precisa se apavorar, a renda fixa ainda pode ser atratividade e aqui neste artigos vamos te explicar o porquê, como e onde investir com a queda da Selic.
Novo patamar da Selic não precisam impedir que você desfrute de altos retornos de investimento.
Quando o COPOM decidiu diminuir a taxa selic em 0,25% em Fevereiro de 2018, as taxas de juros atingiram a baixa histórica de 6,50% ao ano. Esta foi uma má notícia para qualquer pessoa com investimentos em renda fixa, uma vez que a capacidade de ganhar juros todos os dias teve outro grande corte de juros.
Mas só porque as taxas atingiram o fundo do poço não significa que você não consegue encontrar investimentos que ofereçam uma alta taxa de retorno.
Existem várias opções de investimento que podem potencialmente fornecer um retorno bem acima do que você poderia esperar de investimento de renda fixa no patamar atual, você só precisa estar disposto a aceitar um maior nível de risco, mas nem tanto.
Risco vs Retorno
Antes de darmos uma olhada em algumas idéias de investimento promissoras para o atual ambiente de baixa taxa de juros selic, há um aviso importante pelo caminho: investimentos que oferecem o potencial de retorno acima e além dos atuais níveis de taxa de juros selic vêm com um nível mais alto de risco.
Isso é um fato simples que você precisa para envolver sua cabeça antes mesmo de pensar em passar os investimentos de renda fixa para investimentos com melhores retornos.
A chave para gerenciar esse risco não é colocar todos os ovos na mesma cesta. Ao diversificar seus investimentos em uma variedade de classes de ativos, você pode evitar se expor a um nível inaceitável de risco com qualquer investimento.
Investimentos que rendem taxa Selic ainda são uma boa opção?
A Taxa Selic caiu a patamares jamais vistos na economia brasileira, mas contudo, porém, todavia a inflação também teve uma queda significativa, ajudando a manter um bom patamar de juros real (retorno do investimento menos a inflação)
Observe o gráfico abaixo com um investimento que rende 100% CDI e a poupança ao final de cada um dos anos, a inflação (IPCA) do ano e a taxa real de juros (Selic real).
Veja que apesar da Taxa Selic ou a Renda Fixa 100% CDI ao final de 2017 (7,5%) ser quase a metade da Selic de 2015 (14,25%), a taxa real foi maior em 2017 (6,7%) que 2015 (1,2%).
Outra questão interessante de ver é que a taxa real em 2017 é muito maior que a taxa real de 2012, única vez em que vimos a Selic em torno dos 7%.
Por conta disso, investimentos que acompanham a taxa Selic apresentaram um bom rendimento acima da inflação e continuam sendo uma boa opção de investimento com baixo risco, mas você deve sempre ficar de olho na taxa de juros real, ou seja, descontado a inflação, para não terminar com o dinheiro na poupança como em 2015 que o retorno foi inclusive negativo em termos reais.
Outras opções na Renda Fixa
Como a atratividade da Renda Fixa vem caindo, existem outras opções na Renda Fixa que apresentam rendimentos maiores, mas com um pouco mais de risco.
- Títulos do Tesouro Direto com prazos mais longos vão poder lhe garantir taxas de juros mais atrativas, em alguns casos como o Tesouro IPCA+ 2035 podem lhe garantir um retorno real de 4 a 5% a depender do mercado, ou seja, uma taxa ainda bem gorda para quem quer levar o título até o seu vencimento, sendo uma das taxas de juros reais mais altas do mundo.
- Outra excelente opção é alongar os prazos para títulos bancários, ainda é possível encontrar em instituições bancárias com garantia do FGC, títulos dos mais diversos pagando excelentes taxas, como CDBs prefixados pagando entre 9% a 10% ao ano, na atual taxa SELIC é o equivalente a 138% e 153% CDI respectivamente, CDBs pagando IPCA + 4,5% a 5,7% ao ano, sendo o equivalente a 130% a 164% CDI, além de diversos títulos indexados ao CDI apenas pagando até 120% CDI. Os prazos para estas taxas variam entre 2 e 6 anos.
- Outra opção são fundos de Crédito Privado. Eles são fundos que investem em títulos de renda fixa ligados a empresas e não a bancos normalmente, os títulos mais comuns são Debêntures, Letras Financeiras, DPGE, CRIs e CRAs e costumam ser atrelados à Selic ou à Inflação, mas possuem um rendimento maior que a taxa Selic. É importantíssimo saber qual o risco que você está correndo ao empresas dinheiro através destes títulos para estas empresas, apesar de você conseguir comprar diretamente títulos de crédito privado pela maioria das grandes corretoras no Brasil, ainda assim prefiro que você faça por um fundo de crédito privado, onde o gestor está constantemente olhando se estas empresas continuam com boa saúde financeira e poderão honrar suas dívidas e por serem fundos com muito recurso costumam ter uma diversificação muito maior que o um investidor pessoa física conseguiria ter sozinho.
Investir em Ações e Fundos de Ações
As ações são uma das primeiras opções para as quais os investidores recorrem quando as taxas de juros despencam. As baixas taxas de juros tendem a ser uma boa notícia para os ativos de alto crescimento, como as ações, já que os pagamentos de juros costumam ser um grande custo para as empresas.
Taxas mais baixas, portanto, significam aumento dos lucros para as empresas e aumento dos preços das ações, então há dinheiro a ser feito pelos investidores, se você souber onde procurar.
É claro que escolher as ações certas para comprar e vender costuma ser muito mais fácil falar do que fazer. Se você quiser ações que possam fornecer crescimento de capital, talvez seja necessário enxergar além das ações de grande capitalização no Ibovespa.
No entanto, as ações também podem fornecer uma fonte contínua de receita por meio de dividendos, assim você também tem a opção de investir em empresas com histórico de pagamento de dividendos sólidos aos acionistas.
Basta lembrar que os preços das ações oscilam o tempo todo – eles poderiam aumentar e levar a um lucro maior, ou eles poderiam diminuir e você poderia perder parte ou todo o seu dinheiro – e não há garantia de que a empresa pagará dividendos.
Existem diversas formas de investir em ações, e não é muito difícil saber selecionar as melhores.
Em nossa seção de materiais (aqui), tem um ebook que fala sobre como investir em ações passo a passo.
Fundos Multimercados
Os fundos multimercados são um dos produtos de investimento que mais crescem no Brasil. Cada fundo multimercado contém um portfólio diversificado de ativos (por exemplo, ações, commodities e títulos de renda fixa) e são projetado para ter uma estratégia específica.
Os fundos multimercados oferecem uma maneira simples e de baixo custo de investir em mercados ou setores específicos e ainda contar com uma gestão profissional afim de buscar rendimentos maiores que a renda fixa.
Por exemplo, se você acha que os preços do ouro devem aumentar, você pode investir em um fundo multimercado que rastreie o preço do ouro. Se você tem a sensação de que o Ibovespa está definido para um boom, invista em um fundo multimercado que o foco da estratégia seja em ações como os Fundos Multimercados Long Short Direcionais ou Fundos Multimercados Long Biased.
Ao investir em um fundo multimercado, em vez de tentar montar um estratégia especifica para o mercado atual, os gestores podem tirar algumas das suas suposições do investimento, já que são profissionais do mercado e entendem normalmente muito mais do que o investidor médio brasileiro.
No entanto, como qualquer outro investimento, eles vêm acompanhados de riscos, e o valor da cota de um fundo multimercado aumentará e diminuirá de acordo com a estratégia do fundo, vale ressaltar que os mais diversos estudos mostram que os fundos multimercados ganham com facilidade do CDI e da SELIC, em períodos superiores a 24 meses, portanto são desfaça do fundo no primeira queda que houver.
Quais os Melhores Investimentos com a Queda da Selic?
Aprenda nos vídeos abaixo, os 5 tipos de investimentos para fugir dos juros baixos nos seus investimentos.
E se quiser ver o PDF que comento nos vídeos, basta acessar aqui: http://conteudos.appinveste.com.br/queda-de-juros-pdf
Aquele famoso 1%, deixou de existir com a queda dos juros. E você sabe onde investir com a queda dos juros selic? Como isso influencia os seus investimentos e onde investir agora que a queda já começou e você perdeu a oportunidade de fazer bons investimentos com juros altos?
Nos videos abaixo você poderá entender melhor o que fazer neste momento.
Confere lá no canal do Youtube mais vídeos como estes.
A Selic é uma das principais armas do governo no controle da economia. A taxa de juros sobe para combater a alta da inflação e cai quando os preços estão mais comportados ou, como é o caso atual, também com o objetivo de aquecer a economia.
Além disso, a taxa de juros serve de referência para o mercado de crédito e para a remuneração de investimentos de renda fixa.
Investimentos de renda fixa passam, gradativamente, a pagar menos à medida em que a taxa Selic cai. Por outro lado, a chamada renda variável, como o mercado de ações, torna-se mais atrativa.
Conclusão
O cenário mudou e os ganhos fáceis na renda fixa são coisa do passado. Saber onde investir com a queda da Selic pode parecer difícil, mas existem boas opções.
É importante ficar atento na rentabilidade acima da inflação (taxa real).
Apesar da queda, a Selic real continua alta e é uma boa opção de investimento, com baixo risco. Títulos Públicos Tesouro IPCA+ (NTN-B), títulos bancários como CDBs garantidos pelo FGC e Crédito Privado também são alternativas rentáveis que vão além dos 100% do CDI.
E antes de começar a investir, lembre-se de procurar ajuda profissional para não fazer besteira ao correr um pouco mais de risco.
Ah e não esquece de baixar o [EBOOK] Investimentos à Prova de Crise.